FESTA DO RAID 2016 COMEÇA A DIVIDIR OPINIÕES EM ALENQUER E CURUÁ
O passeio ecológico denominado RAID que vem acontecendo ao logo dos anos nas trilhas exuberantes entre os municípios de Alenquer e Curuá, começa a dividir opiniões. A festa radical e tradicional que reúne milhares de pessoas de todas as classes sociais, pilotos de motocicletas, motoristas de outros veículos, etc., acontece no segundo sábado de novembro de cada ano subsequente.
No ponto de vista econômico e financeiro o RAID, além de gerar emoção, adrenalina e reencontro de amigos dos mais longínquos lugares, gera rentabilidade. Isto é, como qualquer outra programação da magnitude do mesmo, aquece a economia. Nos dias que antecedem o RAID muitos comerciantes ganham dinheiro com vendas diversas como comercialização de combustível, peças de veículos, pneus, câmaras, hospedagem, alimentação, adereços, transporte, consertos de motores, bebidas e similares.
Destarte, o mega evento é coordenado e gerenciado pelos municípios vizinhos ligados por cordões umbilicais. Ocorre que transcendendo o tempo, os idealizadores ou organizadores, dos primeiros passeios ecológicos, jamais imaginariam que uma simples aventura fosse se transformar numa das maiores mobilidades radicais do Norte do Brasil.
Detalhe, levando em consideração que, em detrimento das regras não serem cumpridas pelos participantes, principalmente na ingestão de bebidas alcoólicas, o que precipuamente seria uma festa, já culminou em centenas de acidentes, inclusive com vítimas fatais.
Na última semana reuniram-se na Secretaria Municipal de Cultura do município de Alenquer, os secretários dos municípios de Alenquer/Curuá. O evento contou com a participação de várias autoridades constituídas: Polícia Militar, Civil e Ministério Público. O encontro procedeu-se de natureza informal, mas presidida pelo promotor de justiça Dr. Edle. Na oportunidade, o mesmo fez uma vasta palestra. Delineou por oportuno, situações que não devem acontecer durante o passeio. Orientou, também, aos presentes, da necessidade do cumprimento das leis ambientais. Criticou de forma incisiva durante sua fala, a realização de festas antes e durante o passeio. Em suma, o lado negativo do referido evento é o consumo exagerado de bebidas alcoólicas, imprudências dos pilotos, perturbação do sossego público com descacterização das descargas, poluição sonora e ambiental.
Partindo desse pressuposto, para quem não é simpatizante do RAID a justificativa é suficiente para gerar controvérsias, antagonismo e dividir opiniões.
FUTRIMANGANDO: Existe um velho adágio: “Um burro carregado de açúcar até o cotovelo é doce”. Alguns coordenadores do RAID, para não ter trabalho, tiveram uma idéia fértil. Porém, rapidamente foi para o ralo. Pasmem! A célebre sugestão, e que não colou ou logrou êxito, era de que, as vendas dos selos para proprietários de veículos que irão participar da atividade, fosse administrada e vendida por uma entidade ligada ao trânsito do município de Alenquer. Moral da história: Em se tratando de assunto que envolve dinheiro ou bônus e ônus, aflou logo o questionamento. Se os responsáveis pela venda dos selos iriam ganhar uma comissãozinha. A resposta foi negativa pelos entes de ambos os municípios. Nessa historinha de Joãozinho sem braço, a conversa voltou para a estaca zero. A piada sem graça ficou apenas nos ti-ti-ti da rodada da pororoca do amigo Sinval (bolacha). Para sermos mais claro nessa futrica, um selo será vendido por cinco reais. Faça uma continha. Caso seja vendido cinco mil, quanto será arrecadado? Perguntar não ofende. Será que o RAID dá prejuízo? É mole o quer mais?!