Donos de carretas frigoríficas denunciados por sonegação de impostos

Carretas estacionam na Avenida Tapajós e fazem concorrência desleal com pescadores da região.

Vários vendedores de peixe procuraram nossa redação para denunciar o abuso que as carretas frigoríficas, que transportam peixes de outros estados, fazem quando estacionam às margens da Avenida Tapajós, em frente à Feira de Pescados, em Santarém. Pescadores antigos, que sempre viveram desse trabalho, estão encontrando dificuldades para comercializar o peixe que conseguem pegar nos rios da região, pois a concorrência é desleal. Ou seja, os caminhões frigoríficos chegam carregados de peixe do Mato Grosso e outros estados e vendem por um preço bem menor, dificultando a comercialização dos pescadores da região. Alguns pescadores da região questionam: será que eles pagam impostos do que estão vendendo?

Isso sem falar na sujeira que esses caminhões deixam no local. Além do fedor, carcaças de peixes são jogadas na beira do rio e no próprio leito da Avenida Tapajós, proporcionando um deleite para urubus e ratos. As pessoas que praticam caminhadas pela orla da cidade, quando passam nesse trecho, sentem o fedor e são obrigadas a disputar espaço com os carros no leito da Avenida Tapajós.

Esse desrespeito levou ao vereador Chiquinho a denunciar um possível esquema de sonegação estabelecido pelas empresas e trabalhadores que realizam a venda do pescado.

A proposta do Vereador é que os órgãos competentes cobrem impostos pela comercialização de pescado realizada pelos veículos em Santarém.

O parlamentar do PSDB reivindica a cobrança de impostos a carretas frigoríficas que comercializam pescado no Município. “São carretas que vêm do Mato Grosso e de outros locais do Sul do País, trazendo pescado, vendendo e não arrecadando os devidos impostos, tanto estaduais quanto municipais”, esclarece.

De acordo com o Vereador, as carretas deixam “sujeira na frente da cidade com um odor terrível, e a Prefeitura só fica com a despesa de fazer a limpeza do que eles deixam”. Chiquinho destacou que articulará com as secretarias municipais e outros órgãos competentes para que as carretas frigoríficas passem a pagar impostos, que, segundo ele, deverão, no mínimo, amenizar os prejuízos trazidos ao Município. “Pedi à SEMAP [Secretaria de Agricultura e Pesca] e à Receita Estadual, juntamente com a Secretaria de Finanças do Município, que façam uma reunião de trabalho, e comecem a cobrar os devidos tributos para que o município e o Estado não saiam no prejuízo”, conclui.

AMBULANCHA ATENDERÁ CINCO REGIÕES: Focado nas questões relacionadas às regiões de rio do Município, especialmente da região do Lago Grande, o vereador Didi Feleol abordou a temática da saúde. O parlamentar informou acerca da disposição de uma ambulancha para atender centenas de moradores das regiões do Lago Grande, Tapajós, Várzea, Arapiuns e Arapixuna. “Eu parabenizo o governo e o secretário de saúde Edson Filho por já terem liberado uma ambulancha para atender às cinco regiões ribeirinhas”.

O Vereador destacou que a ambulancha deverá atender casos de urgência como afogamento, ferimentos por arma branca ou arma de fogo, acidentes por picada de cobra e outros animais peçonhentos, além de ferimentos graves causados por agressões físicas. Segundo ele, a unidade fluvial vai auxiliar o transporte de pacientes entre comunidades, e os casos mais graves serão levados ao Pronto Socorro Municipal. “De acordo com o assessor de rios da SEMSA, essa ambulancha vai atender a essas regiões por uma questão de custos. O governo ainda está em uma fase de organização, então, não tem como fazer tudo de uma vez só, mas já parabenizamos e agradecemos pela iniciativa”, ressaltou Didi Feleol.

Fonte: RG 15/O Impacto

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