Hospital Regional de Santarém supera a marca de 6 mil exames de cateterismo
Devido à sobrecarga de compromissos, muitos brasileiros têm descuidado da saúde. Alimentação inadequada, poucas horas de sono e a falta de exercício físico regular são comuns na vida da maioria da população. E o coração é um dos órgãos que mais sofrem as consequências dessa falta de cuidado. Com Jailton Sales, também foi assim. Após adiar por algumas vezes o exame médico, na semana passada ele foi submetido a um exame de cateterismo cardíaco no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA). No mesmo dia, a unidade atingiu a marca de seis mil procedimentos desse tipo realizados desde 2009, quando o Serviço de Hemodinâmica passou a ser disponibilizado pela instituição para a população do oeste paraense.
“Eu não gostaria de ter sido o paciente que atingiu esse número, porque preferia estar bem de saúde. Mas, como foi necessário, posso dizer que é motivo de alegria pelo fato de ter sido bem atendido e de o serviço oferecer qualidade para o usuário”, comentou o paciente, que é morador do município de Monte Alegre, distante 126 quilômetros de Santarém, onde está localizado o hospital.
O cateterismo cardíaco é um procedimento invasivo pelo qual é possível identificar se as veias coronárias ou artérias estão obstruídas por uma placa de gordura e, ainda, observar o funcionamento das válvulas e do músculo cardíaco. O exame é realizado com a introdução de um cateter no corpo, a partir da perna, do braço ou do punho do paciente, que é guiado até o coração. Durante o exame é injetado um líquido de contraste que possibilita a visualização dos vasos e cavidades do coração. A partir do cateterismo, o médico avalia se é necessário tratamento cirúrgico.
Para o médico hemodinamicista do Hospital Regional de Santarém, Jorge Hayashi, a oferta do serviço na região facilitou o acesso da população a procedimentos de alta complexidade. Ele comentou que a marca de seis mil exames de cateterismo cardíaco também representa muito na sua trajetória profissional. “Atuando em Santarém, eu consigo ter um contato mais próximo com o paciente. Por isso, esse número me faz olhar para trás e ver que preciso continuar melhorando e ajudando as pessoas no que for possível. O nosso interesse é no bem-estar do usuário”, contou o médico.
O diretor-geral do hospital, Hebert Moreschi, também vê este índice como um marco para a região. Segundo ele, isso é consequência da política de descentralização da alta complexidade para o interior do Estado, que facilitou o acesso da população a serviços especializados. “Com esses exames, seis mil pessoas deixaram de ter que viajar para Belém ou até mesmo para outras capitais do País para realizar o procedimento. Elas encontraram aqui, em Santarém, as condições e estrutura para realizar todo o procedimento e acompanhamento. E isso, próximo às suas famílias e amigos. Então, para nós, é um momento importantíssimo, no qual a maior beneficiada é a população do oeste do Pará”.
Fonte: Agência Pará