Justiça autoriza incineração de drogas que foram apreendidas nas operações da Polícia na Região do Tapajós
Para fazer a incineração de drogas, é preciso montar todo um esquema de segurança. Afinal, são 20,07 Kg de cocaína. A incineração, autorizada pela Justiça, é coordenada pelo delegado João Milhomem, da Polícia Civil e pela perita criminal Stael Silva, do Centro de Perícias do Instituto Renato Chaves (CPC/RC), e acompanhada por representantes do Ministério Público (MPE) e da Vigilância Sanitária (DVS).
Aqui se encerra apenas uma parte de um procedimento policial, resultado de uma operação realizada em fevereiro deste ano, no município de Jacareacanga, a 420 quilômetros de Itaituba, quando a droga foi apreendida. As polícias Militar e Civil vêm intensificando o combate ao tráfico. Para se ter uma idéia, só nesses três primeiros meses de 2017, já foram efetuadas 15 prisões de traficantes contra 32 prisões efetuadas por todo o ano de 2016.
Antes dos volumes de droga irem para o forno, precisam ser obedecidas algumas regras. “Primeiro fazemos a pesagem, para comprovar a quantidade. Em seguida, um teste químico, quando o reagente é adicionado ao produto. A confirmação de que se trata da substância cocaína é determinada pela cor azul”, diz a perita criminal Stael Silva.
Em poucos minutos, a droga é reduzida a uma fumaça negra, que mostra que tipo de produto os usuários enviam para os seus pulmões. Esse tipo de procedimento é uma rotina que faz parte do combate ao consumo e transporte de drogas na região, que é considerada uma das rotas do narcotráfico. Segundo o delegado, existem várias rotas alternativas. Os rios e as rodovias fazem parte delas. “São muitas rotas, e os bandidos estão sempre buscando novas modalidades para fazerem o transporte. Por causa disso, nós, da Polícia Civil, e os colegas da Polícia Militar estamos buscando, também, meios de mudar nossa estratégia e dar efetivo combate ao tráfico”, disse o delegado João Milhomem.
Fonte: RG 15/O Impacto e Mauro Torres