Professores revoltados ocupam prédio da prefeitura de Itaituba
Professores protestam contra o zero de reajuste da gestão de Valmir Climaco
Depois de ouvir atentamente o secretário de educação Amilton Pinho e sua equipe técnica, em Assembleia na tarde de terça-feira, dia 23, os trabalhadores em educação não satisfeitos com os argumentos e números apresentados, resolveram ocupar o Paço Municipal em protesto contra o zero de reajuste da gestão de Valmir Climaco.
Para os sindicalistas, os números apresentados além de imprecisos e contraditórios, foram vagos se comparados com o levantamento feito pelo Sintepp exemplificando o Imposto de arrecadação sobre venda de ouro que não constava na prestação de contas da SEMED, além do Secretário admitir desconhecer a existência desse imposto.
A ocupação no prédio da Prefeitura ocorreu às oito da manhã de quarta-feira, dia 24, e até às 19 horas depois de reiterar por diversas vezes que não tinha recursos e nem ia dar aumento, o prefeito Valmir Climaco não aguentando pressão da greve mandou chamar o comando de greve para negociar, propondo aumento de 2,75% com progressão. A proposta vai ser levada em nova assembleia e caso não seja aceita os grevistas continuarão ocupando o prédio por tempo indeterminado.
ULTIMATO: Se em 10 dias a Cargil, Hidrovias e Bunge não efetuarem pagamento das empresas que levaram calotes, a Rodovia BR 163 vai ser interditada na ponte do km 17. No levantamento da CDL e AISEI, quarenta empresas de Itaituba foram vítimas de calote de empreiteiras que prestam serviços para a Bunge, Cargill e Hidrovias. A situação é preocupante e, de acordo com Fabrício Schuber, as empresas estão enfrentando sérias dificuldades. Das empresas que procuraram as duas entidades, Fabrício disse que o prejuízo com o 171 aplicado pelas empreiteiras chega ao montante de 700 mil reais, mas como há mais empresas que ainda não procuraram a CDL e AISEI, ele acredita que esse valor possa chegar a um milhão e meio de reais.
Para dar tranquilidade aos empresários lesados, o presidente da CDL, Patrick Souza e Fabrício Schuber promoveram uma reunião na tarde de quarta-feira, dia 24/05, no auditório da CDL, com a presença de grande parte dos empresários que levaram calote e estão amargando sérios prejuízos. Fabrício e Patrick fizeram uma síntese de toda a situação e comunicaram aos empresários que as empresas contratantes das empreiteiras estão sendo cobradas para solução do problema. Mas no momento apenas a Cargill se comprometeu em pagar os que foram lesados, enquanto a Bunge e Hidrovias ainda estão em silêncio. Além das dívidas com aquisição e prestação de serviços, as empresas empreiteiras que deram calotes também ficaram devendo valores elevados em questões trabalhistas que tramitam na Justiça do Trabalho em Itaituba.
Na reunião ficou acertado por proposta dos próprios empresários que as empresas deverão fazer o acerto das dívidas diretamente com a CDL e AISEI, como garantia real de que o pagamento possa ser concretizado, já que a Cargill já estava contatando individualmente alguns empresários para acerto. Na reunião foi gerada uma ata e os empresários vítimas do calote vão assinar procuração coletiva às duas entidades que interditarão os pagamentos de maneira coletiva e não individual. Das empresas que irão arcar com a irresponsabilidade das empreiteiras, a Cargill que já sinalizou que vai solucionar o impasse, tem montante maior de todas em torno de quatrocentos e cinquenta mil reais. A princípio as empresas portuárias tentaram se esquivar alegando que elas pagaram as empreiteiras e que não poderiam assumir as dívidas contraídas por elas. Mas os empresários questionaram a falta de critério das empresas portuárias que contratam empreiteiras de má índole, desonestas e enroladas para prestação de serviços.
Quanto ao pagamento das diívidas contraídas em quarenta empresas dos mais diversos segmentos comerciais, a CDL e AISEI em comum acordo com os empresários vão aguardar apenas 10 dias a partir da reunião, caso a Cargill, a Bunge e as Hidrovias não assumam as dívidas das empresas empreiteiras, a Rodovia BR 163 será interditada por tempo indeterminado na altura do Km 17, conhecida como ponte do 17. A decisão radical, segundo Patrick Souza, se dará por entendimento que todas as vias do bom senso, diálogo e propostas de acertos foram feitas com as três empresas que contrataram para Itaituba empreiteiras sujas e enroladas que não pagam aquilo que compram.
Por: Nazareno Santos
Fonte: RG 15/O Impacto