REI ARTHUR: A LENDA DA ESPADA é bom?

REI ARTHUR: A LENDA DA ESPADA  

(King Arthur: Legend of the Sword )

 

Por Allan Patrick 

Depois de A Lenda de Tarzan no ano passado, a Warner trás mais um novo ícone da literatura mundial, “Rei Arthur”. Sob o comando do diretor Guy Ritchie. Ritchie, chegou no mundo do cinema causando com vários dramas criminais, mas a explosão na carreira do diretor veio só em 2009, quando Ritchie foi escolhido para modernizar Sherlock Holmes, um dos mais famosos personagens britânicos da literatura mundial. Interpretado por Robert Downey Jr. (Homem de Ferro), mesmo transformando totalmente a figura do detetive, fez um baita sucesso, rendendo uma sequência dois anos depois e prometendo uma terceira parte.
Agora Ritchie está no comando dessa super produção milionária, que apresenta o melhor de seu estilo, tudo reunido aqui, entre eles, diálogos cultos e verbais, narração explicativa de cenas que irão ocorrer ou já aconteceram, e transições rápidas de edição chamativa entre este passado, presente e futuro.
Aqui, Ritchie nos envolve em uma atmosfera pop moderna trazendo ainda mais ênfase e estilo para a produção, nos proporcionando uma imersão forte e envolvente em sua trilha sonora que por sua vez nos transporta para o campo de batalha, comparada aos dos filmes eletrizantes de Michael Bay ou Zack Snyder, porém, interagindo também em momentos mais calmos, nos quais personagens podem ser desenvolvidos.
A nova história apresenta um jovem Arthur, que controla as ruas escuras e becos da cidade de Londonium com sua gangue, sem imaginar a vida para a qual nasceu até agarrar a espada Excalibur – e com ela, seu futuro. Imediatamente desafiado pelo poder de Excalibur, Arthur é forçado a fazer escolhas difíceis. Junto com a Resistência e uma misteriosa jovem chamada Guinevere, ele precisa aprender a dominar a espada, enfrentar seus demônios e unir o povo para derrotar o tirano Vortigern, usurpador do trono e assassino de seus pais, para finalmente tornar-se rei.

Existe uma eficiente transição entre drama, humor e ação. Fora isso, Rei Arthur: A Lenda da Espada resgata o tradicional cinema-fantasia como por exemplo a inesquecível trilogia “O Senhor dos Anéis”. Existem magia, criaturas e todo tipo de elemento sobrenatural no longa, descartando definitivamente o rótulo de um épico medieval sério. Ao mesmo tempo, mistura tais elementos com o cinema de super-heróis, o diretor realiza uma união eficiente, explorando bem a narrativa. A trilha sonora imponente e empolgante de Daniel Pemberton cria desde já cenas espetaculares, ao serem casadas com lutas e batalhas que estão presentes de forma brilhante aqui, como no momento em que Arthur se descobre dono da espada, ou quando a usa em combate pela primeira vez. Charlie Hunnam (Circulo de Fogo) está mais carismático do que nunca, dando vida ao Arthur do gueto, truculento, mulherengo, mas com uma senso de justiça envolvente. Jude Law (Sherlock Holmes) vive o grande vilão do longa, o obscuro e ambicioso Vortirgern, rei regente e tio do herói e a presença marcante Astrid Bergès-Frisbey (a sereia de Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas) que se mostra uma digna substituta para o Mago Merlin, na pele de sua sofrida aprendiz.

Rei Arthur: A Lenda da Espada surpreende por sua eficiência, como uma pérola escondida entre as superproduções do ano. Um verdadeiro deleite para os fãs do cinema ação, e amantes dos games, tem momentos que parecemos estar dentro das cenas, pois os efeitos especiais são de cair o queixo. Infelizmente não pude contemplar essa super produção em 3D em virtude do horário das projeções das salas dos cinemas locais, mas segundo informações o 3D do filme está magnífico. Enquanto todos olham para os medalhões, esta produção da Warner corre por fora garantindo a vaga como uma das melhores e mais divertidas produções de 2017. Vida longa ao rei e que venha a continuação, por favor! Minha nota: 9,5.


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SETE MINUTOS DEPOIS DA MEIA NOITE  (A Monster Calls)

Dirigido por Juan Antonio Bayona (‘O Impossível’, ‘O Orfanato’) ‘Sete Minutos Depois da Meia-Noite’ é baseado em ‘O Chamado do Monstro’, romance de Patrick Ness, que também assina o roteiro, lançado no Brasil pela Editora Ática.
SINOPSE: Com uma vida cheia de problemas, Connor (Lewis MacDougall) tem a mãe (Felicity Jones) com câncer, a avó (Sigourney Weaver) que não gosta muito dele, um pai (Toby Kebbell) ausente e os colegas de escola não o deixam em paz. Seu único amigo é um monstro-árvore (Liam Neeson) com quem se encontra todas as noites para contar e ouvir histórias… Minha nota: 8,5.

 

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