PIRATAS DO CARIBE: A VINGANÇA DE SALAZAR é bom?

PIRATAS DO CARIBE: A VINGANÇA DE SALAZAR  

(Pirates of the Caribbean: Dead Men Tell No Tales)

Por: Por Allan Patrick

O Capitão Jack Sparrow (Johnny Depp) se vê no meio de um evento de proporções cataclísmicas, que envolve a busca de algum artefato místico, com o propósito de derrotar um vilão apresentado como ameaça sobrenatural. Bem esse rumo da história tem a cara da franquia Piratas do Caribe, pois aparentemente o público gosta de ver sempre a mesma coisa. Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar é a mesma piada contada pela quinta vez. Mas admito, é relativamente engraçada e divertidíssimo, dei muitas gargalhadas com Jack Sparrow. O primeiro filme, datado de 2003, Depp criou seu herói, um pirata afeminado, um bêbado desajeitado e sem escrúpulos. A novidade de se afastar do típico homem de ação forte, íntegro e duro poderia ter se tornado um desastre, mas ao invés disso rendeu a Depp uma indicação ao Oscar.

Ao passar dos anos, as continuações ficaram cada vez mais mirabolantes. As regras eram renovadas a cada momento, dentro de sua lógica. Uma hora Jack está morto, depois vivo. Inventando todos os tipos de motivos para derrotar o vilão. O roteiro parece aquela criança que muda as regras do jogo conforme lhe convém de cinco em cinco minutos. Não por acaso, o público alvo para esta franquia são justamente elas, as crianças. Não estou afirmando que os mais velhos não possam gostar, como neste último filme eu particularmente amei.
Para emergir no novo Piratas do Caribe é necessária certa concentração, deixe sua mente limpa e entenda que teremos uma fórmula bem parecida com as anteriores, mas expostas de formas diferentes, não se prendendo em pequenos detalhes sem muita importância e indo direto ao assunto sem rodeios. Para quem é fã como eu, a experiência será um deleite.

Na trama, o jovem Henry (Brenton Thwaites), filho de Will Turner (Orlando Bloom) e Elizabeth Swann (Keira Knightley), deseja quebrar a maldição do pai, aprisionado no navio de Davy Jones (Bill Nighy). Para isso, o galante jovem herói, que faz as vias do pai na primeira trilogia e do sacerdote vivido por Sam Claflin no quarto filme, precisa encontrar o tridente de Poseidon o artefato da vez. E como nenhum galã funciona sozinho, A Vingança de Salazar trata de incluir a astrônoma Carina Smyth (a filha de brasileira Kaya Scodelario), tida como bruxa por seus conhecimentos celestiais. A moça guarda alguns segredos próprios, que incluem elos de sangue com personagens da franquia.

No meio do caminho está o Jack Sparrow de Johnny Depp, que aqui apresenta um capitão declinado, velho e sem o mínimo de valor, sem a imponência dos seus outrora dias de glória, onde mesmo sem apresentar muitas novidades continua muito engraçado. Mas a alma e alegria do filme está no vilão mais carismático que Piratas do Caribe já viu, o espanhol Javier Bardem (Onde os fracos não tem vez) conhecido por criar personagens icônicos e ameaçadores nas telonas. Bardem brilha na pele do Capitão Armando Salazar, apelidado de “o matador”, o sujeito é um oficial condecorado da Marinha Espanhola, especialista em caçar e exterminar piratas, de forma maníaca. Isto é, até conhecer e ser trapaceado por um jovem pirata Jack Sparrow!

A ligação de passado e futuro mostra um interessante elemento. Se por um lado temos esta conexão bem pessoal de Jack com o vilão Salazar, por outro, temos a presença de Henry Turner e de Carina Smyth, herdeiros das aventuras. A Vingança de Salazar reserva algumas grandes cenas de ação em meio à marcante trilha sonora que empolga desde o primeiro filme da franquia, um verdadeiro show de efeitos especiais, como sempre inovadores com a marca registrada da Disney, os novos diretores Joachim Ronning e Espen Sandberg garantem impressionantes cenas e paisagens maravilhosas e momentos cômicos que irão arrancar muitas risadas.
Na minha humilde opinião é a continuação mais satisfatória da franquia e o melhor filme depois do original. Me diverti muito, muito mesmo assistindo a projeção, pena que mais uma vez não pude acompanhar em 3D, devido aos horários das projeções nos cinemas locais. Prepare-se para um verdadeiro show de efeitos especiais e muita aventura. Ah, e como sempre nos filmes da Disney, fiquem após os créditos, vem mais coisa por aí! Minha nota 8,0.


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Hush – A Morte Ouve (Hush)

Na trama, Maddie é uma escritora que vive sozinha em uma casa isolada. A única pessoa nos arredores é a sua amiga Sarah, sua vizinha. A situação fica desesperadora quando um homem mascarado aparece na porta de Maddie, com o objetivo de jogar um jogo de rato e gato com ela. Sendo surda desde a adolescência – por causa de uma meningite – Maddie terá de contar com seus próprios instintos e não poderá fazer nenhum barulho, porque, ao contrário dela, o assassino pode escutá-la. Conforme a noite vai ficando mais intensa, cada decisão pode levar a um final diferente, e são as escolhas da vítima que irão determinar o desfecho de sua própria história. São poucos os filmes envolvendo invasão domiciliar que conseguem chamar minha atenção, mas Hush – A Morte Ouve, no entanto, faz um excelente trabalho ao nos deixar apreensivos com o destino de sua protagonista. Minha nota: 9,5!

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