HRBA promove workshop sobre exames endoscópicos

Durante a quinta e sexta-feira, 13 e 14/7, profissionais de saúde e estudantes participaram do ”Workshop de Exames Endoscópicos” realizado pelo Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém. O evento abordou o tema ”Auxílio diagnóstico, prevenção e tratamento”.

”A Medicina vem evoluindo muito, e uma das áreas que mais evoluíram nos últimos 20 anos foi a dos exames endoscópicos, na parte de prevenção, diagnóstico precoce, com tratamentos com danos menores e respostas mais efetivas”, diz o coloproctologista Bruno Motta, que abriu o workshop com a palestra: ”Videocolonoscopia diagnóstica e procedimentos terapêuticos”.

Como forma de disseminar a cultura do cuidado seguro e proporcionar melhor tratamento aos usuários, o HRBA promove, periodicamente, treinamentos e eventos científicos. ‘Nossa missão, enquanto profissionais, é, além do cuidar, não agravar o quadro do paciente. Por isso temos que fazer bem sempre’, afirma o diretor-geral do Hospital Regional, Hebert Moreschi.

O workshop multiprofissional do Hospital Regional de Santarém – pertencente ao Governo do Estado e gerenciado pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar – contou com sete palestras. ”É importante termos capacitação profissional, com a preocupação em sempre prestar a melhor assistência ao usuário, reduzir falhas, diminuir riscos e não ocasionar danos aos pacientes, porque é por eles que estamos aqui’, resume a gerente das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), Marli Sarmento.

HOSPITAL REGIONAL JÁ REAPROVEITOU MAIS DE SEIS TONELADAS DE LIXO ORGÂNICO EM 2017

Lixeiras para coletas de lixo reciclável no HRBA

Nos seis primeiros meses do ano, o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém, já reutilizou 6.491 quilos de lixo orgânico. Toda essa quantidade, que antes era destinada ao aterro sanitário municipal, foi reaproveitada no processo de compostagem realizado dentro da própria unidade de saúde. O composto é usado para a produção de verduras, legumes e frutas. Este ano, a horta do hospital já produziu quase 300 quilos de alimentos, foram cerca de 100 quilos só de hortaliças leves, como couve e cebolinha.

Em junho, o HRBA que é gerenciado pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), reaproveitou 2.023 quilos dos 6.491 de resíduos orgânicos gerados pela unidade: um reaproveitamento de 33,6%. Mas o objetivo do projeto “Compostagem e Horta Orgânica” não é apenas reduzir a quantidade de lixo destinada ao aterro ou reduzir os custos na produção de alimentos. A ideia é beneficiar usuários e acompanhantes com alimentação mais saudável, livre de agrotóxicos.

Os alimentos colhidos na horta da unidade são usados na alimentação do público interno. Macaxeiras e batatas-doces, por exemplo, viram opção para o lanche da tarde. “Eu gostei muito de servirem isso aqui. Além de ser gostoso, a gente sabe que é saudável”, conta Graciete Silva, de 41 anos, que acompanha o filho em tratamento há três meses no HRBA.

“Nada melhor do que pensarmos na sustentabilidade, aproveitando esse resíduo para fazer o adubo e utilizá-lo na nossa horta. Assim, vamos produzir alimentos para termos variedade e qualidade, tanto para nossos pacientes quanto para colaboradores”, explica a coordenadora do projeto, Ádrea Moreira.

De acordo com o diretor Operacional da Pró-Saúde, Paulo Czrnhak, que coordena as ações de sustentabilidade da instituição no Estado do Pará, o projeto de horta orgânica será ampliado para outros hospitais públicos gerenciados pela entidade. “A sustentabilidade é um dos princípios da Pró-Saúde. Para nós, é preciso fomentar um mundo mais saudável, melhorando a qualidade de vida das pessoas, o que resultará na prevenção das doenças. E para isso acontecer, é preciso que as nossas atitudes sejam mais sustentáveis, propiciando essa melhoria no universo que vivemos”, revelou.

Reciclagem

Os acompanhantes também podem participar de oficinas de reaproveitamento de materiais recicláveis. Para promover educação ambiental e social, o Comitê de Sustentabilidade do hospital ainda atua por meio de parcerias com escolas, associações de moradores e entidades públicas e privadas. As iniciativas de sustentabilidade da unidade já beneficiaram mais de dez instituições.

Entre as ações, além das oficinas de artesanato, estão as doações de lixeiras sustentáveis. A Escola Municipal Dom Lino Vombommel foi uma das contempladas. A instituição recebeu 15 lixeiras. Com a doação dos recipientes, a escola poderá investir os recursos financeiros, que seriam aplicados na compra de novas lixeiras, em outras demandas internas. O trabalho de confecção é desenvolvido pelo próprio comitê.

As doações são fruto do trabalho de responsabilidade social e ambiental que a Pró-Saúde, por meio do hospital, desenvolve com a comunidade. ”Sempre buscamos aproveitar ao máximo todos os tipos de resíduos que o HRBA produz. Essas lixeiras são provenientes da reutilização de bombonas plásticas, que originalmente continham produtos de higienização. Os recipientes passaram por um cuidadoso tratamento de limpeza e de adaptação para que não sejam utilizados para outros fins”, explica o presidente do comitê, Amarildo Sena.

Reconhecimentos

Neste ano, o HRBA tornou-se o primeiro hospital público do Brasil a obter o selo Materiality Disclosures, emitido pela Global Reporting Initiative (GRI) (que pode ser acessado no site hrba.org.br/relatorio-de-sustentabilidade). O selo da GRI é uma das mais importantes certificações globais dirigidas a entidades, organismos, empresas e instituições que focam suas ações para atuarem com práticas que minimizem impactos ambientais, econômicos, sociais e colaborem para o desenvolvimento sustentado em todo o planeta.  No Brasil, apenas três hospitais possuíam este selo emitido pela GRI. Em todo o mundo, eram apenas 15 as unidades hospitalares.

O Hospital Regional do Baixo Amazonas recebeu, em 2016, o prêmio “Amigo do Meio Ambiente”, concedido pela Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, por conta das iniciativas ambientais desenvolvidas. A unidade também participa do “Desafio 2020 – a Saúde pelo Clima”, que consiste na redução de emissão de gases de efeito estufa. Além disso, a instituição é signatária do Pacto Global das Organizações das Nações Unidas (ONU).

Fonte: RG 15/O Impacto e Joab Ferreira

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