Prefeito é detido por arrombamento ao entrar em prefeitura para trabalhar

Um caso de polícia inusitado movimentou a manhã desta sexta-feira (22) no município de Muaná, no Marajó. O atual prefeito do município, Biri Magalhães, recebeu voz de prisão ao tentar entrar na prefeitura para trabalhar. Ele foi barrado ao chegar no local e, após após entrar no prédio, foi detido por arrombamento.

Biri era vice-prefeito da cidade e assumiu o cargo após o antigo prefeito, Murilo Guimarães, ser afastado por decisão da Câmara de Vereadores. Ele era acusado de desviar mais de R$ 800 mil em recursos para a saúde. Murilo chegou a recorrer na Justiça e conseguiu uma liminar suspendendo a decisão da câmara. Entretanto, no último dia 19, a Justica emitiu nova liminar, reiterando o afastamento e a posse de Biri.

“Estamos desde o dia 19 tentando assumir o cargo. Hoje, ao tentar entrar no gabinete, o prédio estava fechado, e não me deixaram entrar, dizendo que eu não tinha autoridade. Mesmo apresentando o desembargo, mostrando que eu sou o prefeito em exercício, o policial que fazia a segurança falou que se eu entrasse, me daria voz de prisão por arrombamento”, afirmou Biri.

Ele explica que empurrou a porta e entrou no local, e então o sargento da PM deu a voz de prisão. Biri foi conduzido à delegacia local, onde foram realizados os procedimentos policiais. Biri prestou esclarecimentos e foi liberado. Dois vereadores também foram conduzidos ao local pra depor sobre o ocorrido.

“Foi uma situação constrangedora, já que apresentei todo o respaldo da Justiça para trabalhar. A equipe do antigo prefeito está tentando dificultar nosso trabalho. Hoje, nenhum secretário municipal foi trabalhar, seguindo orientação dele, que deveria ao menos estar em Muaná”, continuou Biri.

O prefeito em exercício ainda afirmou que deverá entrar na Justiça e na Corregedoria da Polícia Militar que seja feita uma investigação sobre um possível abuso de autoridade cometido pelo policial militar de decretou a voz de prisão.

O DOL tenta contato com a Polícia Militar para ouvir posicionamento sobre o caso.

Fonte: DOL

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