Quem garante o estilo de vida das maiorias?

Artigo do empresário Fábio Maia.

Santarém, a cidade das minorias “abastadas” de proteção institucional, cultiva também o lado obscuro das “garantias”, ou seja, a maioria da população vive seu mais completo abandono por parte daqueles que se intitulam “garantidores de direitos”.

Essa divisão preconceituosa entre os ungidos “mais protegidos”(minorias), e os “sem proteção”(maiorias), causam uma dúvida na sociedade: Será que as “maiorias” não merecem também ter seu estilo de vida preservado? Eis a questão!

Essa maioria de “desamparados institucionais” gira em torno de 150 mil pessoas ligadas direta ou indiretamente à benefícios governamentais como o Bolsa Família. Sobreposto a isso, está a média de 40% de famílias que vivem com menos de meio salário mínimo por mês, além das mais de 80% de pessoas aptas ao mercado de trabalho, mas que, infelizmente, por falta de vagas no mercado formal acabam indo parar a informalidade, ou até mesmo em atos ilícitos.

Essa grande parte da população tem seu “estilo de vida” negado, quando setores da elite do serviço público começam agir de forma ideológica, o que acaba atrapalhando investimentos privados, dificultando a vida desse setor gerador de riquezas, empregos, responsáveis pela melhoria significativa do ambiente onde se instalam, além de abastecer o erário municipal, estadual e federal, que é quem garante a manutenção dos serviços públicos, além dos “polpudos” salários dessa mesma parte dos servidores públicos que tanto despreza esse setor.

Os “justiceiros da ecologia” talvez nem imaginem que ao “impor” o estilo de vida das minorias, estão não só negando esse mesmo direito a maioria da população, como também estão destruindo os sonhos de quem pretende continuar sua carreira de formação em sua própria cidade. Por que? Ora! Sem emprego, infelizmente temos que ver nossa mão de obra partir.

Agora, para quem tem seu estilo de vida garantido pelo serviço público, com todas as prerrogativas que a lei os permite, desde o salário batendo no teto constitucional de R$ 33.763,00, e muitas vezes extrapolando esse limite graças aos auxílios moradia no valor de R$ 4.377,73, além dos auxílio-lanche, auxílio-creche, auxílio-livros, auxílio-paletó, auxílio-mudança, auxílio pós-graduação etc, chegando à montantes que para muitos “mortais” do setor privado, seria como ganhar na loteria todos os meses. Sabe como é, né! Eles precisam de bons empregos, “garantindo” seu confortável estilo de vida, para que possam “garantir” o “pobre” estilo de vida das minorias, tendo a certeza que eles nunca sairão da pobreza.

Talvez por essa realidade “confortável” que eles dispõem para se tornar os “protetores dos pobres”, acabe atrapalhando sua percepção de realidade em relação a parte de baixo da pirâmide, onde vive a população que é diretamente afetada pelas suas “heróicas ações” em favor das minorias.

Eles nem imaginam que esses trabalhadores não dispõem de “estabilidade no emprego”, muito menos “auxílio moradia”. Quando empresas fecham as portas, eles são demitidos e seu aluguel fica em débito. Essa população vive a realidade de uma cidade com altos índices de desemprego, mas são obrigados a ver “incrédulos”, a elite do serviço público se dando ao luxo de expulsar investidores, e ainda sentirem orgulho, achando estar defendendo alguém além dos próprios princípios ideológicos.

Depois de tantas “ações heróicas” da turma do bem, nossa cidade universitária, cheia de mão de obra preparada e profissional, rica em recursos naturais, matéria prima e áreas para expansão urbana e de desenvolvimento, foi transformada em uma cidade subdesenvolvida, dependente de benefícios governamentais e do funcionalismo público.

Alguém precisa urgentemente nos livrar da “proteção desses justiceiros”, que adoram tanto ter um “pobre de estimação”, que fazem de tudo para mantê-los nessa situação, só para continuar os chamando de “minorias”.

Para finalizar, deixo o pensamento da escritora Ayn Rand, para análise dos “justiceiros do bem” em relação ao significado de “minorias”:

“A menor minoria na terra é o indivíduo. Aqueles que negam os direitos individuais, não podem se dizer defensores das minorias”.

Fonte: RG 15/O Impacto

4 comentários em “Quem garante o estilo de vida das maiorias?

  • 5 de março de 2018 em 20:54
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    Muito bom seu site gostei muito dele. Vou acompanhar mais postagens sobre o assunto e seguir seu blog. Abraços

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  • 6 de fevereiro de 2018 em 09:47
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    Esse texto pode estar ate generalizando o servidor publico, e isto é um erro, mas a verdade é que os que se dizem defensores das minorias, que querem que os mesmo continuem com seu estilo de vida, plantando hortas no quintal de casa e vendendo uns peixinhos pra sobreviver, no fim do dia pega seu carrão, vai pra sua casa com central de ar, beija o filho que acabou de passar na faculdade e vai morar na capital, toma uma boa dose de whisky e vai dormir e sonhar em como continuar defendo os mais desfavorecidos.

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  • 6 de fevereiro de 2018 em 08:55
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    Nem dez por cento dos servidores públicos ganham esse salário, restrito a juízes, procuradores e uma meia dúzia de apadrinhados políticos que não fazem concurso. Sem contar que o grupo que tem dinheiro na iniciativa privada e vive dizendo aos quatro ventos que eles devem ficar com toda a grana, são ricos porque mamaram no Estado desde a época das sesmarias – distribuídas pelo coroa, poucos são os que trabalharam duro para conseguir sem os privilégios, diria pouquíssimos. Qualquer um pode negar isso, mas se tiver consciência, lá no íntimo ela vai dizer como conseguiram sua grana – com lobby. Chega a ser desonesto vender para a população que o servidor público comum tenha os benefícios citados acima. A única coisa que concordo são os direitos e as garantias fundamentais que devem ser preservadas a qualquer preço.

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    • 6 de fevereiro de 2018 em 10:47
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      Procure ler mais atentamente o texto, e poderá perceber que ele é direcionado especificamente à “elite do funcionalismo público” que você mesmo mencionou. Setores que são abrangidos pelas prerrogativas de “salários e auxílios” mencionadas no texto, e que levantam a bandeira das minorias.
      Não há nenhum tipo de generalização, não confunda “alhos com bugalhos””.

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