NEWS – ATUALIDADES Ed. 1190
ASSUNTO: CHURRASCOS!
‘Uma análise crítica ácida da arte de churrasquear em diferentes camadas sociais ‘TRAJE FEMININO DE RICO: ‘Calça capri de cor clara da Zara ou outra grife importada, bolsa Louis Vuitton, Victor Hugo ou Prada, camisetinha básica branca da Club Chocolate Ou Doc Dog, óculos Chanel ou Valentino, sandalinha rasteira da Lenny. Uma Jóia leve, discreta, da H.Stern; relógio Rolex, Cartier, Baume Mercier… As Mulheres se patrulham discretamente, estudando as jóias, griffes, modelitos e cabelos das presentes. Predomina o ar blasé das convivas. DE POBRE: – Mini-saia jeans curtíssima com muitas tachas, blusinha da C&A ou das Lojas Marisa, estampada, a barriga sempre de fora. Tamanco de madeira de salto altíssimo, óculos coloridos (de camelô), piercing no umbigo e na sobrancelha, e anel no dedo do pé. Muitas usam biquíni (cores cítricas) por baixo, na esperança de tomar um banho de piscina inexistente. Ninguém tá nem aí pras roupas, adereços, celulites e barrigas das outras. TRAJE MASCULINO DE RICO: – Bermuda Hugo Boss ou Richard’s, camisa esporte Siberian ou Brooksfield, Óculos Armani. Uma pulseira discreta em aço e ouro e um relógio-cronômetro Tag Heuer ou Breitling. Todos assumem um ar blasée, procurando transparecer naturalidade, mas no íntimo, querendo aparecer bem na fita pra mulherada. DE POBRE: Chinelo Rider, bermudão Bad Boy comprada em shopping popular, ou de uma calça ‘jeans velha cortada, com a barriga aparecendo. Camisa do Curíntia, Atrético Mineiro ou Framengo jogada nas costas (eles morrem de calor) e óculos espelhado da Oakley na testa, comprado de camelô. Correntão folheado em prata, quanto mais grosso, mais status. Brinquinho nas duas orelhas, à la Romário, vidro imitando brilhante. Um boné com a pala voltada para trás é fundamental. TRANSPORTE DE RICO: – Geralmente chegam numa caminhonete ATV importada com acessórios off-road,ou em carro esporte, de importação exclusiva. DE POBRE: Chegam de Brasília (hoje está perdendo prestígio para o Monza), ou de carona com mais treze pessoas na Kombi de um feirante amigo. A COMIDA DE RICO: – Normalmente eles não comem, quando o fazem é um pouquinho de cada coisa. Saladas de folhas (hidropônicas ou orgânicas), não podendo faltar endívias, alface americana, rúcula, muçarela de búfala e pommodori secchi. Azeite extra-virgem italiano ou grego e vinagre balsâmico (italiano, lógico). Arroz com brócolis ou açafrão espanhol, farofa de nozes com frutas. Cortes de cordeiro, picanha argentina, maturada. Comem cada coisa a seu tempo e pau-sa-da-men-te. DE POBRE: – A estratégia é comer rápido, para repetir, antes que acabe. Vinagrete de cebola, tomate e pimentão cortados grosseiramente, farofa com muita cebola, maionese de batata e salsicha de lata, muita asa de frango, lingüiça e pão de alho, costelão e o tradicional cupim (que eles juram ser mais macio que a picanha!). A BEBIDA DE RICO: – Os homens tomam whisky 12 anos ou single malt e rola um Jack Daniels também. Chopp artesanal de uma micro cervejaria famosa, na temperatura ideal ou uma Heineken geladíssima. As mulheres tomam um champagne ou prosecco tônica Schweppes Citrus ou águas Evian ou Perrier e Coca-Cola light. DE POBRE: – Cerveja Belco, Lokal, Glacial ou Schincariol (a que estiver em promoção), em garrafas de 600 ml, mais baratas. Sempre são geladas no tanque de lavar roupa cheio de gelo. Muita caipirinha feita com “51”. Tem sempre um sujeito que traz uma “pinga da roça, lá da minha terra”, que jura ser a melhor do mundo. Pode rolar um conhaque Dreher ou um São João da Barra. Em ocasiões mais solenes, como batizados ou casamentos, uma garrafa de “uísque” Drury’s. Bebidas não alcoólicas incluem Fresh, Q-Suco, Baré Cola e Guaraná Sarandi. A água é de torneira mesmo, com uma pedrinha de gelo retirada do tanque das cervejas. OS UTENSÍLIOS DE RICO: – Normalmente os bacanas beliscam uma picanha servida num enorme prato branco liso, de porcelana (com sous-plat, óbvio); taças adequadas a cada tipo de bebida: água, chopp, whisky e refrigerante. Guardanapos grandes, de tecido. Talheres finos. DE POBRE: – Os tradicionais pratinhos de alumínio ou papelão, complementados pelos garfinhos e colheres de plástico azul ou rosa. A dona da casa sempre lava os talheres descartáveis para reaproveitar em outra ocasião. Guardanapo, quando há, de papel, dos pequenos, com motivos de personagens de quadrinhos. Como são muito finos, grudam na comida e o nego come papel e maionese junto. As bebidas são servidas em copinhos descartáveis de 200ml (compra-se a quantidade exata do número de convidados). Copos de vidro, de requeijão ou de geléia, só para os convidados vips mais chegados: familiares, algum cabo da PM ou do Corpo de Bombeiros, escrivão da Polícia etc. A MÚSICA DE RICO: – Jack Johnson, Norah Jones, Maria Rita, música instrumental, lounge music e jazz. Pode ser que contratem um grupo que toca chorinho, mas com músicos formados pela Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais. DE POBRE: – Aquele pagodão de pingar suor: Zeca Pagodinho, Jorge Aragão e Revelação. Vale também axé, Chitãozinho & Xororó, Bruno e Marrone. Mas o forte mesmo é pagode. Só CD’s piratas (4 por “dez real”), mídia azul. Não pode faltar o de “Samba Enredo” do ano. O importante é tirar a galera do chão; depois de umas 2 horas de churrasco, todos já estão chapados e dançando, independente das idades ou credos. Também rola uma batucada improvisada com panelas, tampas, colheres ou qualquer objeto que emita som; cantam de Almir Guineto à Alcione. O CHURRASQUEIRO DE RICO: – Contratado de uma churrascaria famosa. Trabalha com um uniforme impecável e traz consigo toda equipe de garçons e copeiros para atender bem a todos os convidados. DE POBRE: – Amigo de um conhecido que adora fazer churrasco e, cada hora, um convidado assume a churrasqueira (daquelas de tambor cortado ao meio), em revezamento. Normalmente é um cara barrigudo de camiseta “machão”, suando em bicas, com um pano-de-prato encardido na mão (que ele usa para enxugar o suor, limpar as mãos e o que mais precisar!). Adora ficar jogando cerveja na brasa, levantando aquele vaporzão, pra mostrar fartura! A AMBIENTAÇÃO DE RICO: – Área coberta, piso de granito, com mesinhas brancas forradas e decoradas com arranjos de flores do campo; na área gramada, ombrelones ou gazebos brancos, bancos de vime ou ratam da Indonésia, num lindo jardim com piscina (mas ninguém se anima a dar um mergulho). DE POBRE: – Normalmente na laje, com sol quente no cabeção ou chuva, quando, então, é improvisada uma lona de caminhão ou o famoso “plástico preto”, como cobertura, mas só para proteger a churrasqueira. Banquinhos de plástico só para quem chegar mais cedo. Pelo menos estes cedem o lugar para as grávidas, que sempre chegam atrasadas, os demais ficam em pé, esbarrando uns nos outros. A maioria tira o Rider e fica descalça mesmo. Sempre há o tradicional banho de chuveirão ou de mangueira, quando os bêbados começam a brincadeira de querer molhar todo mundo. O ENCERRAMENTO DE RICO: – Em no máximo 4 horas, cada pessoa sai em seu próprio carro. Mas saem em momentos diferentes, para que o dono do churrasco possa fazer os agradecimentos a cada um com atenção. DE POBRE: – Dura no mínimo 8 horas e depois que todos já estão bêbados, o dono da casa diz que tem que trabalhar cedo no dia seguinte, mas o pessoal ainda faz uma vaquinha para comprar mais uma caixa de cerveja. Quase sempre tem um que quer levar um pratinho com farofa e sobras de carne, para a mãe ou a sogra, que ficou em casa tomando conta dos moleques. Quem não tem carro pede carona ou vai de busão mesmo, isso sem falar nos que precisam curar o porre, escornados no sofá ou no chão da sala, antes de pensar em ir embora! O pessoal que tem carro liga o som bem alto (pagode claro!) e sai buzinando, rindo alto gritando: – Valeu maluco! Amanhã tô aí pro enterro dos ossos!!! RESUMINDO: – OS POBRES SÃO MAIS FELIZES !!!
PADRE DANADO – Não é que era português o mancebo!
Do Reinado de D. João II, em 1487, do Arquivo Nacional da Torre do Tombo – Portugal. – Sentença proferida em 1487 no processo contra o prior de Trancoso – (Autos arquivados na Torre do Tombo, armário 5, maço 7) – “Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso , de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi argüido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de: – 1) ter dormido com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos; 2) de cinco irmãs teve dezoito filhas; 3) de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas; 4) de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas; 5) de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas; 6) dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas, 7) da própria mãe teve dois filhos. * Total: duzentos e noventa e nove filhos, sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinqüenta e três mulheres”. – “O rei D. João II lhe perdoou a morte e o mandou por em liberdade aos dezessete dias do mês de março de 1487, com o fundamento de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo e guardar no Real Arquivo esta sentença devassa, e mais papéis que formaram o processo”. – PS: – Isso é que se chama furor peniano, …e nem tinha Viagra na época!!!
DIAGNÓSTICO DE UMA MORENA?
Uma jovem morena vai num consultório médico e reclama que todos os lugares do seu corpo doem quando ela os toca. – Impossível – diz o doutor, mostre-me como pode ser. Então, ela encosta seu próprio dedo no seu próprio ombro e grita desesperadamente. Depois ela encosta em sua perna e grita, encosta em seu cotovelo e grita e assim por diante….Qualquer lugar que ela se tocava, ela gritava. O doutor perguntou: – Você não é morena natural não é? – Não, ela diz: – Na verdade eu sou loira. – Tomei sol e pintei meu cabelo de preto!!! – Foi o que eu pensei!! – diz o doutor: – Seu dedo está quebrado!!!
PARECE QUE NEM TUDO ESTÁ PERDIDO!
Falando sobre conflitos de gerações, o médico inglês Ronald Gibson começou uma conferência citando quatro frases: 1) “Nossa juventude adora o luxo, é mal-educada, caçoa da autoridade e não tem o menor respeito pelos mais velhos. Nossos filhos hoje são verdadeiros tiranos. Eles não se levantam quando uma pessoa idosa entra, respondem a seus pais e são simplesmente maus.” 2) “Não tenho mais nenhuma esperança no futuro do nosso país se a juventude de hoje tomar o poder amanhã, porque essa juventude é insuportável, desenfreada, simplesmente horrível.” 3) “Nosso mundo atingiu seu ponto crítico. Os filhos não ouvem mais seus pais. O fim do mundo não pode estar muito longe.” 4) “Essa juventude está estragada até o fundo do coração. Os jovens são malfeitores e preguiçosos. Eles jamais serão como a juventude de antigamente. A juventude de hoje não será capaz de manter a nossa cultura.” Após ter lido as quatro citações, ficou muito satisfeito com a aprovação que os espectadores davam às frases. Então, revelou a origem delas: A primeira é de Sócrates (470-399 a.C.) A segunda é de Hesíodo (720 a.C.) A terceira é de um sacerdote do ano 2000 a.C. E a quarta estava escrita em um vaso de argila descoberto nas ruínas de Babilônia (Bagdá), tem mais de 4000 anos de existência. Aos pais: RELAXEM, POIS SEMPRE FOI ASSIM!!