Os homens do Direito

Artigo do empresário Fábio Maia

“Não poderás ajudar os homens de maneira permanente se fizeres por eles aquilo que eles podem e devem fazer por si próprios”. Abraham Lincoln

A maior falácia de nosso tempo, é a chamada “justiça social”, um anti-conceito vago e sem nenhum significado específico, uma palavra mágica usada como justificativa para legitimar e implementar todo tipo de política, um eufemismo para os “homens do direito”, usarem como pretexto no teste suas “canetas mágicas”.

Justiça, por si só, já pressupõe justeza. A necessidade de acrescentar o termo “social” à expressão, se dá exatamente porque não se trata de criar justiça, mas sim de dar a um grupo específico, o poder para tentar moldar a sociedade de acordo com padrões arbitrariamente estipulados por pessoas pretensiosas o suficiente para acreditarem que são capazes de criar uma sociedade perfeita e acabar com as desigualdades do mundo de um ponto de vista pessoal.

Quem defende a “justiça social” geralmente acredita que a única maneira de criar uma sociedade justa, é tornando todos iguais de um ponto de vista material, pois, por algum motivo ainda não explicado por essa turma, não seria justo que alguns tenham mais de algo do que outros.

Entretanto, a única igualdade possível e humanamente realizável, porém, é a igualdade de tratamento, isto é, a igualdade perante a lei. Não é possível aos homens produzir e dividir igualitariamente todas as coisas do mundo, até porque cada um quer coisas diferentes e em quantidades diferentes, e as condições para produção e distribuição das coisas variam enormemente de um lugar para outro.  Além do mais importante: “muitos dedicam um tempo e esforço maiores do que outros para adquirir tais coisas”.

O que os “homens do direito” que advogam por justiça social nunca contam, é que para tentar realizar a sua utopia igualitária, o primeiro e obrigatório passo para a “igualdade”, é justamente implementar uma gigantesca desigualdade de poder entre aqueles que terão a heroica tarefa de criar a “sociedade perfeita”, e os cidadãos comuns, que deverão se submeter ao arbítrio dos “iluminados”, a quem caberá decidir o que cada pessoa pode ou não fazer, deve ou não fazer – e sob quais condições – e de quem deve ser tirado o que para dar a qual “minoria”. É claro que essas prerrogativas criam uma desigualdade tanto social como econômica ainda maiores, dando a uma pequena elite de burocratas do funcionalismo público, o direito de tomar para si mesmo, a “onisciência” de decidir o que será o melhor para todos.

Justiça social é, portanto, um embuste para o restabelecimento de modelos políticos e econômicos superados há centenas de anos, que teimam em ressuscitar de tempos em tempos, no ideal de alguém que se julga o mais “justo entre os justos”. É uma falácia utilizada por aqueles que querem para si o direito de manipular os recursos dos cidadãos, criar conflitos de classes e ditar autoritariamente como cada um deve agir em sociedade, além de decidir quem é o “explorador e quem é o explorado”.

Portanto, para finalizar, usarei novamente uma das célebres frases do 16° presidente americano, Abraham Lincoln.

“Não fortalecerás os fracos se enfraquecer os fortes”.

Fonte: RG 15/O Impacto

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