Estados Unidos informa que iniciou bombardeios na Síria

O presidente Donald Trump anunciou na noite desta sexta-feira (13) um ataque militar com lançamentos de mísseis por regiões da capital síria Damasco. A ofensiva contou com o apoio de várias potências ocidentais (França e Reino Unido fizeram parte dos ataques) e atinge os interesses russos (aliados de Bashar Al-assad), colocando fogo no atual cenário geopolítico do mundo.

O presidente dos EUA alegou que a ofensiva é uma espécie de resposta ao suposto ataque químico em Douma na última semana, atribuído as forças do governo sírio. O local é o último ponto de resistência dos opositores do presidente Bashar Al-assad, que ainda possuem esperanças de derrubar o atual regime que já dura 18 anos. Para isto os rebeldes contam com o apoio de Trump e de seus aliados europeus França e Reino Unido, que farão parte da ação militar.

 “A ação de hoje é uma retaliação ao apoio da Rússia e do Irã” afirmou Trump em pronunciamento.

Nova Guerra Fria e Posibilidade de Guerra Mundial

Embora EUA e Rússia argumentem suas intervenções na Síria como uma maneira de defender a “democracia”, muitos interesses obscuros estão em jogo neste território tão privilegiado geograficamente.

Estados Unidos e Rússia travam uma intensa disputa desde o início da guerra na Síria, que já dura quase 8 anos. O governo norte americano possui, juntamente com seus aliados, interesses comerciais no país árabe, mas a aliança entre Putín e Assad é um empecílio aos planos. A disputa, antes disfarçada diplomaticamente, mas hoje explícita, está sendo considerada como uma nova “Guerra Fria” entre as duas potências.

De um lado, os russos defendem o governo de Assad, principal aliado e forte parceiro comercial da Rússia no oriente médio; de outro, os EUA investem e treinam tropas de opositores, conhecidos como “rebeldes”, na esperança de derrubar Assad e levar ao poder um governo que esteja alinhado com os interesses ocidentais. 

Trump não informou mais detalhes e nem quando pretende iniciar os ataques, mas pelas redes sociais muitas sírios já falam em seguidas explosões ouvidas em algumas regiões.

(Fonte: O Globo)

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