Opinião I Rampage – Destruição Total
Opinião I Rampage – Destruição Total
(Rampage)
Por: Allan Patrick
Desde a década de 1930, filmes de monstros como, Drácula, Frankenstein e o Lobisomem sempre estamparam o gênero de filme B e repedidamente, arrastaram multidões aos cinemas por oferecerem a dose certa de sustos e medo. Mas diversos acontecimentos registrados nesse meio tempo como as guerras e o medo vivenciado até hoje de armas atômicas, foram inseridos no contexto dessas produções, gerando mais força a inúmeras obras cinematográficas como o próprio King Kong de 1933, e outras subtramas de monstros vindos do espaço, do fundo do mar ou de outras dimensões.
Esse subgênero foi evoluindo através das décadas até chegar nos dias de hoje, onde são exaltados pela grande massa. Sendo que o seu ápice, adentrado de vez com um dos gêneros preferidos do grande público, aconteceu com o surgimento do fantástico, na época, e impressionante até hoje, Jurassic Park de 1993, do gênio do cinema Steven Spielberg. Surgia então a era dos efeitos computadorizados, dando vida a monstros em um nível de realismo impressionante conquistando de vez, não só o público, mas os maiores astros de Hollywood da atualidade.
Prova disso é de que neste ano, tivemos superproduções como Círculo de Fogo: A Revolta e Um Lugar Silencioso, o tema também foi usado para criação de obras bem diferentes como Aniquilação (está disponível na Netflix) e logo, logo teremos a continuação de Jurassic World, não vai faltar monstros de todas as formas e tamanhos para os fãs. Fui assistir Rampage: Destruição Total, trata-se do mais recente lançamento do gênero. Além de ser um filme sobre monstros gigantescos, Rampage é baseado num vídeo game lançado em 1986. Aqui encontramos muita ação do começo ao fim, recheado de adrenalina, com a participação de Dwayne ‘The Rock’ Johnson, o superastro do momento.
Na trama, tanto do game quanto no filme, três criaturas animalescas e monstruosas causam caos e pânico ao exalarem sua fúria (o rampage do título original) numa cidade norte-americana. Prédios são destruídos, pessoas são devoradas e o estado de sítio se instala sem que as autoridades possam fazer muito. Enquanto na versão dos games os gigantes eram homens em mutação devido a um produto químico em suas comidas o que de fato explica o formato mais humanoide dos monstros, nessa versão para cinema, as contrapartes de George (o gorila albino), Ralph (o lobo) e Lizzie (o crocodilo), detalhe, os dois primeiros chegando a ser mencionados pelos nomes originais também no filme, são animais selvagens transformados em verdadeiros colossos através de um mutagênio criado por uma maligna empresa.
No espaço temos a participação especial de Marley Shelton (Sin City: A Cidade do Pecado). E na terra somos apresentados a um personagem ultra carismático de Dwayne Johnson, desta vez vivendo um especialista em primatas, que prefere a companhia dos animais à dos seres humanos. O ex-militar Davis Okoye (Johnson) tem um grande afeto pelo gorila albino George, o qual ajudou a resgatar de caçadores ainda na infância. A interação entre os dois chega ao ponto de emocionar, mesmo sabendo que a criatura é basicamente toda digital. Através de linguagem de sinais, um fato, através dessa linguagem os primatas demonstram suas emoções, muitas inclusive, bastante similares às humanas e se comunicam.
Rampage: Destruição Total é um filme de monstros gigantes destruindo e brigando. Neste quesito o filme entrega exatamente o que se propõe, monstros destruindo tudo que veem pela frente. Em contrapartida, podemos notar personagens sem muito aprofundamento e uma história rasa, o que não exige muito de gente de peso como Naomie Harris (indicada ao Oscar por Moonlight: Sob a Luz do Luar) e Jeffrey Dean Morgan, nosso querido Negan de The Walking Dead.
Gente, se você se propor a assistir Rampage, deligue o cérebro e embarque na vibe do filme de mente aberta, assim como eu fui, tenho absoluta certeza que terão momentos de muita diversão, tudo sob o comando de Brad Peyton, também o diretor Terremoto: A Falha de San Andreas de 2015, recomendo, boa diversão. Minha nota: 6,5!
DICAS NETFLIX
Eu queria ter sua vida
(Change-up)
Mitch (Ryan Reynolds) e Dave (Jason Bateman) sempre foram amigos inseparáveis, mas com o passar dos anos a relação entre eles foi ficando mais distante. Enquanto Dave tornou-se um advogado atolado em compromissos, bom marido e pai de três crianças, Mitch preferiu manter-se solteiro, um camarada sem muitas responsabilidades e de comportamento quase infantil. Os dois se reencontram e decidem sair para comemorar. Após uma noitada de bebedeira, Mitch e Dave veem seus mundos virarem de cabeça para baixo. Ao acordarem, cada um assumiu o corpo do outro. Numa corrida contra o tempo, os amigos precisam arrumar uma forma de colocar as coisas de volta ao normal. Minha nota 7,0.