Líder comunitário denuncia abandono do Bosque da Vera Paz

“Nesse local três secretarias deveriam estar atuando, que são a de Turismo, Semed e Seminfra, mas isso não está acontecendo”

Jurandir Azevedo diz que até hoje tablado não recebeu nenhuma manutenção

O líder comunitário Jurandir Azevedo, atual presidente da AMBAL (Associação dos Moradores do Bairro do Laguinho) esteve no estúdio da TV Impacto e na redação do Jornal O Impacto, quando na ocasião falou sobre a atual situação do Bosque da Vera Paz, porém, ao mesmo tempo que trouxe alegria também trouxe algumas tristezas com relação à sua estrutura, que hoje está abandonada.

“Obrigado pelo espaço que estão dando para nós esclarecermos à nossa população, principalmente para os moradores do bairro do Laguinho, sobre o Bosque da Vera Paz, que já foi um lugar que trouxe alegria para a comunidade e para quem visitava, mas hoje está acontecendo uma tristeza de ver como é que se encontra esse local. Vou falar um pouco de cada coisa. Primeiro, sobre o tablado de madeira. Realmente nós tivemos um fogo no ano passado, quando queimou toda a fiação daquele local e queimou também a madeira. Tudo foi danificado. De lá para cá aconteceram algumas reformas sobre a parte elétrica, mas até hoje o tablado não recebeu nenhum serviço e isso está chamando atenção, pois pode acontecer um acidente ali a qualquer momento, principalmente pela parte da noite quando muita gente frequenta esse local, porque ainda tem um quiosque que está funcionando e tem uma quadra também que está aberta lá. Isso é uma preocupação nossa e eu acredito que o Governo Municipal, através da Secretaria de Infraestrutura, já deve estar sabendo dessa situação. Eu vou falar um pouquinho também sobre a questão da quadra de esporte que realmente está totalmente abandonada, está aberta e não tem ninguém para administrar aquele local, o alambrado está completamente destruído, a pintura da quadra sumiu e todo mundo está entrando para brincar. Não tem uma organização ou um agendamento para cada agremiação que ali aparece. Nós temos também a situação da academia pública ao ar livre, que nós ganhamos da Cargill, no tempo do governo do ex-prefeito Alexandre Von. A Cargill doou a academia com todos os equipamentos e a Prefeitura entrou também com uma parte de mandar os instrutores para orientar quem ia usar aqueles aparelhos. Logo no início foi bom, mas depois aconteceram algumas falhas, os funcionários, muitas vezes não cumpriam com suas obrigações, sendo que muitas das vezes não ia ninguém. De lá para cá a gente tentou melhorar aquela situação, mas hoje está difícil. O Zé Maria, que é o Coordenador de Esporte e Lazer, nomeou uma pessoa justamente para tomar conta daquela área, só que nós não gostamos, pois ele deveria ter chamado a diretoria da Ambal para uma conversa, para saber se a gente poderia fazer uma indicação, mas isso não aconteceu e a academia está abandonada”, disse Jurandir Azevedo.

ACADEMIA PÚBLICA DESTRUÍDA: O líder comunitário, que é presidente da Associação do Bairro do Laguinho, se manifestou sobre a responsabilidade da Ambal e a responsabilidade da Prefeitura sobre a academia pública: “Quando a academia foi entregue para a Associação, foi feito, através de documentos, um acordo técnico da parte da Cargill, que construiu a obra e deu os equipamentos e os materiais para serem usados, a Prefeitura entrou com a parte de manter os funcionários que são os instrutores lá naquele local. A Associação ficou na responsabilidade de zelar pelo local, ou seja, de abrir e fechar a academia, bem como mantê-la limpa, ter cuidado com os aparelhos que foram doados. Essa era nossa parte. Lá no bosque três secretarias deveriam estar atuando, que são a de Turismo, Semed e Seminfra. Esse local deveria estar bem organizado, infelizmente nós estamos já com dois anos de mandato do prefeito Nélio Aguiar e até agora não recebemos nenhuma revitalização”.

BASE DA POLÍCIA MILITAR: Jurandir Azevedo afirma que a Associação está fazendo sua parte, mas está sendo atrapalhada por falta de instrutores: “Justamente por causa do horário de funcionamento. No acordo técnico a academia é para abrir às 6:30 da manhã e fechar às 9 horas, mas nesse período tem de haver um instrutor ou dois instrutores ali para dar informação como a pessoa deve usar o aparelho. No outro horário, a academia é para ser aberta às 17 horas e fechar às 21 horas. Nesse horário só estão abrindo a academia, mas não tem um instrutor presente para dar orientação aos freqüentadores do local. A reclamação de quem frequenta a academia, é que ali não se vê um funcionário da Prefeitura orientando como se deve usar os aparelhos. Está com 2 anos e 6 meses que foi construída aquela academia e já tem até aparelho que já está parado, porque não teve uma manutenção durante esse período. Agora também eu queria falar de outro projeto que realmente deu certo, que foi a instalação de uma base da Polícia Militar, através de um acordo que foi feito com Associação da Polícia Militar e Prefeitura, por intermédio da Secretaria de Turismo. O comandante da Polícia Militar falou, durante a inauguração, como irá funcionar a base da Polícia Militar naquele local. Realmente não está 100%  funcionando, por causa justamente de uma adequação que a Polícia está fazendo; irá colocar uma tropa para funcionar 24 horas. A presença da PM melhorou muito naquele local, acabando com as badernas, pois as pessoas que chegavam lá para iniciar esse tipo de coisa, davam prejuízo ao patrimônio público. Com a instalação da base da PM isso acabou. A Associação está cobrando da Semed é um diálogo, uma conversa com a diretoria, para informarmos quais são os nossos direitos”.

AMBAL FICOU SEM AUTONOMIA: O presidente da Ambal disse que a pessoa que foi nomeada pela Prefeitura tirou a autonomia da Associação: “Por enquanto é ela que determina tudo lá. Tira o nosso direito de cobrar melhorar naquele local. Está prejudicando o nosso trabalho. O que nós estamos querendo é normalizar, voltar novamente o trabalho para a Associação, para que tome conta daquele local, conseguirmos melhorar até mesmo a revitalização daquele local. É isso que nós queremos. Nós não aceitamos, de jeito nenhum, do jeito que está sendo feito. O Zé Maria deveria ter chamado nossa diretoria para dar uma explicação, para dizer que tinha essa pessoa que iria tomar conta lá, e a gente poderia até ajudar na questão da frequência e fiscalizar. Nós não estamos vendo esse funcionário trabalhar. Estamos pedindo aqui para que esse trabalho volte para nós, para nossa diretoria, para que possamos trabalhar em parceria com a Coordenadoria de Esporte e Lazer”, finalizou Jurandir Azevedo.

Por: Edmundo Baía Junior

Fonte: RG 15/O Impacto

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