Mãe pede rapidez da Polícia para desvendar assassinato de seu filho
O mecânico de aeronave, Fredson Chaves, foi morto em novembro do ano passado, em Itaituba
Benedita Chaves cobra justiça e que assassinos sejam presos
A senhora Benedita Chaves procurou nossa reportagem para denunciar e clamar por justiça, com relação ao assassinato de seu filho Fredson Chaves Barroso ocorrido em novembro do ano passado, no município de Itaituba, onde estava trabalhando como mecânico der aeronaves. |
“Ele estava há poucos meses em Itaituba, onde prestava serviço no aeroporto daquela cidade. Infelizmente, no mês de novembro do ano passado aconteceu essa tragédia com meu filho, por quem eu tinha grande preocupação por estar distante da família, já que moramos em Manaus. Meu filho sempre trabalhou longe da família, nós sabíamos de seu compromisso e responsabilidade com o trabalho. Para nossa surpresa, na noite do dia 06 de novembro eu recebi essa desagradável notícia, de que meu filho estava no hospital entre a vida e a morte. Fui procurar saber, conversar com outras pessoas e, para minha surpresa, ele foi a óbito poucas horas depois que foi ferido em via pública, em frente o Banco do Brasil, na Rua Treze de Maio. Desde então a gente vem sofrendo com essa situação, por conta de não termos até agora nenhuma resposta advinda da cidade de Itaituba sobre a prisão dos assassinos. A investigação está sendo feita pelo delegado Djalma, mas pelo que eu estou percebendo, já se passaram mais de 60 dias e o inquérito continua aberto, sem nenhuma resposta”, disse Benedita Chaves.
QUE A JUSTIÇA SEJA FEITA: A mãe, bastante emocionada, relatou como o crime aconteceu: “Existem vários vídeos, mas até o momento não tive forças para olhar e verificar como aconteceu, mas ele foi baleado com cinco tiros no peito, pulmão, rins e cabeça. Foi muito ruim. Eu prefiro, às vezes, nem falar, porque é muito dolorido. Esse crime aconteceu no dia 06 de novembro e até agora não temos nenhuma resposta. São mais de 60 dias e nada foi esclarecido. Na minha opinião, a investigação está parada, porque não tem provas. Eu cobro justiça. Após o sepultamento dele, eu estive na cidade de Itaituba, fui à Delegacia e prestei depoimento, fiz o percurso que meu filho fez quando foi assassinado. No entorno do local há muitas câmeras. Aí, eu pergunto: ´Cadê a tecnologia? Por que a imagem da câmera estava escura? Já que nós estamos em pleno século 21, cadê a tecnologia para buscar, ampliar, ver a moto passando? Meu Deus, Por que essa morosidade toda?´. Para mim, parece um descaso total com essa situação. Eu estou preocupada, por isso eu quero que aconteça justiça, que esse crime não seja mais um caso para ficar no esquecimento, arquivado, e os assassinos soltos, vendo nossa situação. A sociedade pode esquecer o que aconteceu com meu filho, porque lá em Itaituba tenho certeza que não se fala mais no assunto, mas a família está sofrendo, passando noites sem dormir. Somos nós da família que sentimos a falta dele, que não era uma pessoa qualquer, o Fredson era um trabalhador, um jovem que gostava de se divertir, de brincar, mas ele também tinha responsabilidade, deixou uma filha de dois anos órfã. Eu tenho certeza que essa criança mais tarde vai cobrar a presença de seu pai. Até o momento não me foi passada nenhuma informação concreta sobre esse crime. Será, meu Deus, que vai ser mais um caso sem solução?”.
CHEGA DE TANTA IMPUNIDADE: Benedita Chaves faz um relato sobre seu filho: “Seu nome era Fredson Chaves Barroso. Ele foi uma vítima da violência que, infelizmente, todos nós estamos sujeitos a encontrar nas ruas. Só que o que essa mãe hoje está suplicando a pura justiça, que o crime possa ser investigado com mais afinco. Em Itaituba e em Santarém muitas coisas acontecem, mas que esse caso possa ser solucionado o mais rápido possível e que deem uma resposta rápida para esta mãe que pede justiça, que quer saber o que aconteceu com seu filho, afinal de contas, ele estava trabalhando, era um rapaz trabalhador, honesto, deixou uma filha. O que nós pedimos é isso. Eu quero agradecer a oportunidade que vocês estão dando, de esclarecer essa situação toda e que se chegue a uma conclusão, não importa o motivo, pois nada vai trazer meu filho de volta, mas vai me trazer o conforto de saber porque foi tirada sua vida. Quero que seja feita a justiça, já chega de tanta impunidade e tanta violência, de ver muitas famílias chorando a perda de seus entes queridos e ficar de mãos atadas. Por isso que procurei este meio de comunicação, para que possa me ajudar a encontrar uma solução sobre o assassinato de meu filho. As pessoas que quiserem ajudar, procurem o delegado Djalma, lá em Itaituba. Eu tenho certeza que ele não vai se recusar em atender. Nos ajudem. Eu agradeço de coração e você vai me fazer também feliz”, finalizou a mãe de Fredson Chaves barroso.
ENTENDA O CASO: O homem identificado como Fredson Chaves Barroso, de 35 anos, morreu horas após dar entrada no Hospital Municipal de Itaituba (HMI) vítima de baleamento, crime ocorrido por volta das 22 horas de terça-feira (06/11/2018), na Travessa Treze de Maio, próximo ao Banco do Brasil, no centro da cidade de Itaituba.
De acordo com informações apuradas, dois homens em uma moto abordaram a vítima e dispararam cerca de cinco tiros que acertaram o rosto, peito e a mão direita de Fredson. Ele foi socorrido pelos militares do Corpo de Bombeiros e chegou com vida no hospital, em seguida foi levado para o centro cirúrgico, mas não resistiu e morreu por volta das 00h25min. A morte foi confirmada por funcionários do HMI, que já adiantavam que a situação do homem era considerada gravíssima.
A motivação do crime ainda é um mistério, surgiram informações de que se tratava de uma tentativa de assalto. A Polícia investiga o caso.
Segundo pessoas próximas, Fredson era natural da cidade de Santarém e estava em Itaituba há poucos meses, onde trabalhava como mecânico de avião em uma empresa da cidade. Antes de ir para Itaituba, morava em Manaus. “Ele era um jovem trabalhador, de bem com a vida”, disse uma amiga.
Por: Edmundo Baía Junior
Fonte: RG 15/O Impacto