DIA 2 DE FEVEREIRO DE 2019
É bem verdade que a data de dois de fevereiro pouco tem lugar nos acontecimentos históricos da nossa terra de Pindorama. Apenas a festa de Iemanjá tem lugar de destaque no dia dois de fevereiro, graças à fervorosa devoção do povo baiano que faz uma festa de mexer com o País inteiro, agradecendo às graças alcançadas, pagando promessas, em suma, reverenciando a rainha do mar, Iemanjá.
Mas neste ano as raposas velhas de Brasília, resolveram continuar com o mar de lama que fizeram da Capital Federal, mal comparado com as lamas de Brumadinho e passaram ao vivo para a nação brasileira, um espetáculo deprimente de imoralidade. Isto mesmo, passados por aqueles que (mal) representam o povo brasileiro, no Senado da República Brasileira.
Fiz questão de acompanhar todo o desenrolar do deprimente espetáculo, a minha recuperação da cirurgia, do meu joelho esquerdo, me fez ficar na poltrona em frente à TV e assim pude ver o que se passava em plenário, já nos bastidores, cada novo minuto era uma “jogada ensaiada” para ver se cola, para mudar o rumo da eleição para presidente do Senado da República Brasileira. Confesso que a cada momento, era tomado por um misto de surpresa e revolta, por ver como esses cidadãos eram capazes de efetuar manobras e mais manobras para se saírem vencedores do pleito e se perpetuarem no poder.
Senador Renan Calheiros, que já foi quatro vezes presidente do Senado. E com uma “folha corrida” que humilha a do Fernadinho Beira Mar, encarregou-se de ser o personagem principal desta “fita”. Na véspera, discutiu com o seu desafeto Tasso Jereissaty. Tiveram um bate boca, parecido com dois moleques na fila da água nas torneiras públicas. ”Baixo nível”, “barraqueiros”, algumas pessoas pensavam que esse pessoal não usava essas expressões, vulgares, chulas, e até o “calão” saiu na ocasião a verborreia.
Calheiros que alguns anos atrás, quando era presidente do Senado não recebeu intimação do Judiciário alegando que este poder estava interferindo no Poder Legislativo. Conseguiu levar no “beiço”. E ficou por isso mesmo. Mas esqueceu disso quando na madrugada desse dia dois de fevereiro tirou o Ministro Toffoli, da sua cama e mesmo de Pijama, em defesa da Pátria, sacrificou o seu lazer e o seu merecido repouso e concedeu-lhe um decisão sobre o sigilo do voto na eleição para a presidência do Senado. E deveria, por decisão ao cantar do galo, a eleição ser voto secreto. Ora, nesta altura, agora, neste caso, esta decisão do presidente do STF não se trata de interferência do Judiciário no Legislativo.
Uma Senadora ”rouba” a pasta de um Senador para que ele não votasse. Na primeira apuração deu um voto a mais que o número de votantes, “embrenharam” a urna, e ainda, assim, no desespero, a raposa velha, vendo-se acuada, e antevendo a derrota, renunciou, em plenário, sendo vaiado pelos presentes. Assim a humilhação era menor, bateu em retirada..
E assim, houve, uma ‘mudança”, um Senador do “Baixo Clero”, representante de Macapá, que até então o seu grande feito foi derrotar o ex-presidente Sarney nas urnas. E derrota, Renan, com toda a sua trope e assim, Davi que venceu Golias, tornou-se o novo presidente do Senado da República, representa mudança, “nem tanto”, mas dizem que é um “menino” bem mandado. Pelo menos só de impedir que os mesmos, que vem há mais de vinte anos, alternando-se na presidência daquela importante casa, da política nacional e da governabilidade, do País. já é “vantagem”.
Resta-me agora, após assistida e passadas, as manobras de mal “caratismo” dos políticos, que já estão no “desespero”, porque o MDB perdeu em muito a sua força e, até, o respeito do eleitorado brasileiro. Só aguardo que ele tenha um pouquinho de respeito com este País, por parte, também, dos novos dirigentes da Câmara do Deputado reeleito e presidente do Senado. Neste momento de indefinições, que eles pensem no Brasil, no povo brasileiro, para as reformas. Esta por sinal deveria começar pelos próprios políticos, retirando as suas prerrogativas e suas mordomias, e reforçando o tesouro nacional, para não prejudicar a grande quantidade de aposentados e pensionistas da previdência oficial da nossa “Pátria mãe gentil”.
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