Bocão Ed. 1239

CEMITÉRIO “PARA QUE TE QUERO”

Os santarenos há anos vêm padecendo para possibilitar um enterro digno aos seus entes queridos que partiram do plano físico para o mundo espiritual. Entra ano e sai ano, e as autoridades municipais, em especial a prefeitura de Santarém, não providenciam um novo cemitério. Até mesmo o que estava sendo alternativa, uma vez que os campos santos da área central apresentam superlotação – o cemitério da comunidade de Mararú, já apresenta estado de saturação. Informações, que na SEMMA, está sendo encaminhado o licenciamento para cemitérios particulares. Acreditamos que seja necessário, porém, como fica a situação das pessoas carentes, que não possuem condições para arcar com as despesas decorrente de um enterro no cemitério particular?

CEMITÉRIO “PARA QUE TE QUERO” 2

Aqueles que costumam prestar homenagem aos finados, seja no mês de novembro, ou em qualquer dia do ano, são obrigados a enfrentar uma verdadeira maratona, em competições comparadas às modalidades como: corrida com barreiras e saltos nas suas diversas vertentes. Não existe espaço para nos deslocarmos entre as sepulturas. A solução é desrespeitar o espaço santo, pisando em cima dos jazigos, por vezes, construídos com muito carinho.

CEMITÉRIO “PARA QUE TE QUERO” 3

Tal situação também dificulta as últimas homenagens. Para começar, antes de chegar na sepultura onde o morto será enterrado, aqueles que carregam o caixão precisam fazer verdadeiro malabarismo, deslocando o caixão de um lado para outro, desviando dos sepulcros, subindo e descendo. A narração do morto, certamente seria de que ele estava se sentindo como se estivesse andando em uma montanha-russa. Na descida do caixão, tradicionalmente  cantam hinos, fazem orações e preces, e para acompanhar tudo, os presentes são obrigados a ficarem sobre a sepultura alheia.

CEMITÉRIO “PARA QUE TE QUERO” 4

A população, por meio deste colunista, faz um apelo para que o tema seja tratado como prioridade na agenda do governo municipal. É um absurdo, a negligência até então estabelecida perante esta demanda da sociedade. Os governantes devem praticar a empatia diante das causas que afetam especialmente os menos favorecidos. Vereadores, suas atuações têm de ir de encontro às necessidades da população, que em sua maioria, já está descrente nas intervenções suas, diante dos problemas que assolam os munícipes. Dizem: “Eles não estão nem para os vivos, imagina com os mortos, que não votam mais”. Todos merecem ter um enterro digno, com espaço adequado, pois sabemos, que a única certeza da vida, é a morte.

RUAS INTRAFEGÁVEIS

Com as constantes chuvas que estão caindo em Santarém, muitas artérias ficam praticamente intrafegáveis, causando prejuízos e doenças à população. O exemplo é a situação em que se encontra Travessa 25, localizada no bairro da Nova República, que se transformou em uma poça gigante. Nessa artéria não passa pedestres e nem veículos. Outro local que está quase intrafegável é a Rua 24 de Outubro, do trecho que vai da Travessa Raimundo Fona e passa pelo Iate Clube de Santarém, que está tomado por buracos e poças de lama. Os moradores desses locais estão desesperados e fazem um apelo ao secretário de Infrastrutura, Daniel Simões, para resolver com a máxima urgência essa situação.

EMIR AGUIAR X VALDIR MATIAS JR

Nesta semana o clima esquentou na Câmara de Vereadores de Santarém. A discordância sobre os procedimentos adotados pelo presidente Emir Aguiar, quanto à emenda apresentada pelo vereador Valdir Matias Júnior, referente ao Projeto de Lei que autoriza concurso público para agentes de trânsito da SMT, fez com que os ânimos se acirrassem.

“…eu queria pedir aos nossos pares, para que a gente pudesse aprovar a emenda, e assim avançar nessa discussão, seja no campo jurídico, seja no campo administrativo, enfim, que possamos avançar e aprovar a emenda como ela está sendo proposta”, disse Valdir.

EMIR AGUIAR X VALDIR MATIAS JR 2

Porém, o vereador Emir teve o encaminhamento de deixar a matéria sobre a mesa, o que representaria que a emenda ainda não iria à votação. Diante disto Matias retrucou:

“Não invente, você não tem essa autoridade, eu sou o autor da emenda, eu não concordo, você não tem essa autoridade. Você está inventando, não existe isso, o autor da matéria sou eu, e eu tenho que ser consultado, você está inventando. Aqui não vale invenção, aqui vale o que está escrito na norma”.

EMIR AGUIAR X VALDIR MATIAS JR 3

Em seguida Emir afirmou que a mesa diretora decidiu daquela forma, e, portanto, ele não aceitaria outra forma. Em ato contínuo, Valdir exclamou:

“Não vai administrar a casa inventando não! Aqui não! Aqui não é a tua vontade, aqui é o que está escrito na norma, tem que respeitar, o que está escrito na norma”, expôs o parlamentar do Partido Verde.

EMIR AGUIAR X VALDIR MATIAS JR 4

Em determinado momento, uma fala consistente do vereador Delegado Jardel Guimarães, do PODEMOS, mesmo partido de Emir Aguiar, buscou, de forma indignada, dá encaminhamento à situação.

“Vamos aprovar e levar para o judiciário. Aqui não é brincadeira. Aqui é parlamento. É por isso que essa Casa está em descrédito com a sociedade santarena. Não é por outra coisa não, é por essas coisas que acontecem aqui. A sociedade santarena não acredita mais nessa casa. Nós temos que tratar a coisa com seriedade, de acordo com que manda a Lei”, disse Jardel.

Para o delegado de Polícia Civil, que está no seu primeiro mandato de vereador, a emenda de Valdir Matias Júnior tem flagrante inconstitucionalidade, porém, precisa que se façam os encaminhamentos necessários.

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Outro parlamentar que considera a matéria com cunho de inconstitucionalidade, é o vereador Dayan Serique. “Nem tudo o que queremos fazer tem amparo legal. E não pode! Sem amparo legal esta Casa não pode legislar. Se é inconstitucional, não adianta subjetividade”, afirmou.

A polêmica pesa sobre a emenda de Valdir Matias Júnior, que visa dá amparo, com a possiblidade de equiparar os atuais agentes de trânsito da SMT, contratados temporariamente por Processo Seletivo Simplificado há mais de uma década, com os novos agentes que serão aprovados no concurso que o Projeto de Lei em discussão versa.

Para Dayan, o assunto precisa ser debatido à luz da constituição, bem como das decisões dos Tribunais Superiores de Justiça, tais como STJ e STF, principalmente na questão de saber diferenciar os termos concurso público e processo seletivo.

PRAIA VIRA LIXEIRO

Em contato com a Coluna Bocão, o vereador Paulo Gasolina informou que esteve na praia da Maracangalha, próxima à antiga Sudam, onde hoje está o Campus Tapajós da UFOPA. Em tom de saudade, Paulo Gasolina remontou às expressões poéticas inspiradas no lugar, que teria sido, nas palavras dele, cantado em versos e prosas. Mas a beleza natural de outra época estaria contrastando com a situação atual da praia. O Vereador se mostrou super triste com a situação que viu. No local estariam construindo embarcações, formando estaleiros, e jogando lixos. “A praia que é referência de Santarém, hoje está entregue às baratas”, declarou. Ele salientou que já conversou com um sargento da Capitania Fluvial de Santarém sobre o assunto e pediu apoio, assim como da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. “Aquilo não é área para se colocar barcos para construção”, adverte Gasolina. Sobre o lixo, o parlamentar ponderou que não seria culpa das pessoas que moram na área, mas de quem seria responsável pela coleta dos dejetos, que não estaria executando o serviço.

Por: Emanuel Rocha