Pacientes revelam preocupação com possível transferência do Serviço de Nefrologia do HMS
Os pacientes renais crônicos que são atendidos no Serviço de Hemodiálise Municipal, que funciona anexo ao Hospital Municipal de Santarém(HMS), estão passando por momentos de incerteza quanto ao tratamento.
Segundo eles, está preste a se concretizar a transferência súbita das máquinas de hemodiálise para o Hospital Regional do Baixo Amazonas(HRBA). Alegam que não são contra a mudança, desde que fosse para melhorar o atendimento, no entanto, revelam que a decisão pode gerar um caos no serviço, que hoje já é precário.
Conforme alguns pacientes, das 10 máquinas que atendem atualmente 80 pacientes fixos, no serviço municipal, apenas 7 seriam deslocada para o HRBA, e 3 ficariam na UTI do HMS. Somente nesta perspectiva, existirá uma perca muito grande de oferta. E não há alento, pois, segundo eles, o serviço ofertado no HRBA está superlotado.
Para os pacientes, a mudança os coloca em perigo de vida, pois não há certeza que os atendimentos irão permanecer conforme acontece hoje. Muitos pacientes ocupam leitos dentro do Hospital Municipal aguardando horário nas máquinas. A grande demanda pela diálise e o número insuficiente de máquinas, irão reduzir cada vez mais o período de sessões de hemodiálise, que hoje, na maioria das vezes é de 4 horas por paciente. “Se com essas quatro horas, tem gente passando mal, imagina se reduzirem às sessões para 3 ou 2 horas. Se for assim, é um sentença de morte”, desabafa um paciente.
Outra questão levantada pelos renais crônicos, é que com essa mudança, também afetará o atendimento aos pacientes no HMS, pois existe informação que não haverá plantão de médico nefrologista na unidade hospitalar.
Transferência: A medida veio da necessidade do Governo Estadual assumir o serviço na sua totalidade, conforme preceitua o SUS, que determina que à assistência de hemodiálise é atendimento de Alta Complexidade, e deve ser ofertado pelo estado do Pará, e não pelo município.
Audiência Pública: Acontece na quarta-feira(24), às 14h, na sede do Ministério Público do Estado do Pará(MPPA), uma audiência pública para tratar sobre o tema. Os pacientes questionam da falta de divulgação do evento, que é de extrema importância, no entanto, a convocação aconteceu somente na segunda-feira(22), o que segundo eles, não é prazo suficiente para uma convocatória mais efetiva.
RG 15 / O Impacto