Por Oswaldo Bezerra*

China e EUA já foram os maiores parceiros comercial, antes da guerra iniciada por Trump. Nesta guerra, os EUA sobretaxaram os produtos chineses em 200 bilhões de dólares, e atua diretamente contra a Huawei, segundo em faturamento no ramo de smartphones no mundo. Também reativou em Hong Kong a célula de “revoluções coloridas”. A China ameaçou responder com guerra cambial e sobretaxas na ordem de 600 bilhões de dólares.

A China ainda tem na manga em torno de US$ 1,1 trilhão de títulos do Tesouro americano. Os americanos tem na manga a maior coleção de países vassalos que algum império já possuiu na história. Como por exemplo o Brasil, que preferiu perder seu maior comprador do grão (Irã), no caso do não abastecimento dos navios, só por fidelidade aos EUA.

Só com as ameaças chinesas e desvalorização de sua moeda, o índice Industrial Dow Jones caiu mais de 600 ou 2,83%, o S&P 500 perdeu 2,48%, e o Nasdaq Composite despencou 3,04%. Para completar, a dívida hipotecária nos EUA superou o valor de antes da crise de 2008.

Na Europa, os principais índices das bolsas de Frankfurt, Paris e Londres registraram uma baixa de 1% ou mais. Na China, a produção das fábricas teve a maior queda dos últimos 17 anos, segundo dados do governo. A economia da Alemanha encolheu 0,1% de abril a junho e não avançou no ano passado.

Caso os EUA impuserem tarifas sobre todas as importações chinesas e a China retaliar, é provável que ocorra uma recessão econômica mundial. Os bancos centrais não serão mais decisivos o suficiente, pois os juros já estão baixos, e outras medidas não compensarão as consequências. O mundo estará em maus lençóis.

RG 15 / O Impacto