Artigo – Primeira iniciativa militar na guerra da água

Por Oswaldo Bezerra

O período de 2003 a 2008 foi a fase de maior expansão econômica brasileira, segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV). O presidente Lula, mentor deste crescimento econômico, afirmou, em entrevista a Revista Nordeste em 2017, que nas relações comerciais internacionais enfrentou uma grande dificuldade. Os países querem apenas vender, nunca comprar.

Nesta entrevista, Lula apesar de não ser economista, mostrou um conhecimento em Ciências Econômicas de invejar qualquer bacharel em Ciências Econômicas. Ele falou sobre a Teoria de Portfólio e Diversificação (4o. ano de Ciências Econômica), Crédito Como Incentivo ao Investimento (1o. e 2o. ano de Ciências Econômicas), Estímulo a Produção pelo Consumo (1o. ano de Ciências Econômicas), Renovação da Qualidade de Crédito, e Diversificação Contra Sazonalidade (4o. ano do curso de Ciências Econômicas), Aquecimento do Mercado Interno Como Estímulo ao Crescimento (1o. e 2o. ano de Ciências Econômicas), Incentivo Com Redução de Juros (3o. ano de Ciências Econômicas), Teoria Macroeconômica de Keynes, Macroeconomia (1o. ano de Ciências Econômicas) e Teoria do Termo de Troca (3o. ano de Ciências Econômicas).

Geopolítica não se faz sem conhecimento de Ciências Econômicas. Nas aulas de Economia, que tive na UNICAMP, com o respeitadíssimo professor Celso Furtado, do departamento de Geociências, discutíamos, em uma aula, sobre as formas abusivas de possuir e comercializar bens e produtos. Definíamos monopólio do jeito tradicional como sendo comércio abusivo de um indivíduo, grupo ou país por tornar-se único possuidor de bens ou produtos que na falta de competidores, pode vendê-los por preço exorbitante. Oligopólio seriam estas mesmas características mas com poucos vendedores e muitos compradores. Quando perguntado sobre quando estes bens ou produtos pertenciam a um país de terceiro mundo, ou em desenvolvimento, o professor Celso respondeu: “crise internacional”.

Quantos países do Oriente Médio, ou mesmo a vizinha Venezuela são envolvidos em crises internacionais, só por possuírem as maiores reservas de petróleo do mundo. Surge então a pergunta. O que ocorrerá em relação a um recurso fundamental que estará escasso na metade do século XXI, a água? Haverá mesmo conflito de crises internacionais e ações militares?

Parece que sim. A Falta de água no mundo pode estar por trás da política americana na América Latina, segundo especialistas. A presença militar dos “yankes” na América Latina ocorre há mais de um século. Desde intervenções na América Central até a construção de bases na América do Sul, a política de Washington para a região gera mais dúvida do que certeza.

Neste ano, o Brasil foi designado aliado prioritário, fora da OTAN, pelo presidente norte-americano, Donald Trump. A medida dá ao Brasil facilidade na aquisição de equipamentos militares, mas também nos dá um alvo nas nossas cabeças de armas nucleares, justamente dos nossos maiores parceiros comerciais. Ao mesmo tempo, se tornou pública a construção de uma base militar americana na região da Tríplice Fronteira, onde territórios do Brasil, Argentina e Paraguai se encontram.

A motivação seria para ajudar os três países no combate ao narcotráfico e ao terrorismo de árabes residentes na região, segundo afirmou Ernesto López da Universidade de Lanus. Seria apenas um simples pretexto? Em 2009 a Colômbia e os Estados Unidos celebraram acordo militar com uso de tropas americanas no combate ao narcotráfico. Em nada influenciou o narcotráfico no país. Segundo Ernesto López, a Colômbia hoje produz 80% de toda cocaína consumida nos EUA.

Para Ernesto López, os EUA têm um interesse muito maior na região, o Aquífero Guarani, o segundo maior do mundo. A grande reserva de água potável está presente nos territórios do Brasil (65% no território brasileiro), Argentina, Uruguai e Paraguai, segundo o Instituto Águas Paraná. Em caso de falta de água potável no mundo, o reservatório poderia atender a população mundial durante 200 anos.
Segundo a Organização das Nações Unidas, em 2025, 3 bilhões de pessoas sofrerão de falta de água própria para consumo. A presença de militares dos EUA, bem na região onde está situado o aquífero, representa um inteligente passo à frente de Washington, na ação de obter controle do aquífero. É a primeira iniciativa militar na guerra da água.

RG 15 / O Impacto

Um comentário em “Artigo – Primeira iniciativa militar na guerra da água

  • 26 de agosto de 2019 em 18:43
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    Lula nada acertou com relação à economia, o que teve foi sorte quando a China estava comprando matérias primas, justo o que tínhamos a oferecer! Prova disso foi que na crise, de 2008 em diante, não vimos qq “genialidade” dele na economia, senão fazer falcatruas com as empreiteiras em obras no exterior, onde ele e o PT usaram, e abusaram, das propinas pagas pelas empreiteiras, após faturarem a grana do BNDES, foram mais de 10 bilhões de reais! Quase 500 milhões de reais faturados “por fora” em obras executadas em países “amigos”( Cuba, Nicarágua, Angola, Moçambique, Venezuela, Argentina, etc ), que até o momento não quitaram aqueles empréstimos de fachada, quem paga são os brasileiros. O “genial 9 dedos” autorizou construir, por exemplo, o aeroporto de Nacala, em Moçambique, com custo de 125 milhões de dólares, até agora nada quitado ! É de se assinalar que aquela obra não tem passageiros , virou elefante branco! Vir querer endeusar a figura nefasta do Lula é querer chamar os leitores do Impacto de alienados, de indiferentes à política irresponsável aplicada ao Brasil pelos PTistas, que resultou em 13 milhões de desempregados e aleijões em nossas indústrias !!!

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