Artigo – A triste perspectiva da Geração do Milênio
Por Oswaldo Bezerra
Nunca houve no mundo uma geração inteira de pessoas tão muito bem educadas. Assim é a Geração do Milênio, também conhecida como Geração Y. Esta geração compreende as pessoas nascidas entre os anos de 1982 a 1999. Alguns sociólogos estendem, o nascimento desta geração, até os primeiros anos dos anos 2000.
Esta geração apesar de ser acusada de ser distraída, superficial e até egoísta, no entanto, é a geração que mais se preocupa com sustentabilidade e meio ambiente. Também é uma geração que veio ao mundo com fortes valores morais. Por isso, houve sempre uma expectativa de que esta geração estaria pronta para mudar o mundo.
Infelizmente, uma pesquisa nos EUA está apontando que esta geração inteira pode falhar. A pesquisa foi feita pela Associação Blue Cross Blue Shield (BCBS). Esta entidade é responsável pelos planos de saúde de quase metade da população americana. A pesquisa mostra a triste perspectiva da geração do milênio, também mostra a necessidade de intervenção governamental.
Segundo esta pesquisa, a geração do milênio perde saúde muito mais rápido que a anterior geração X (nascida entre 1961 e 1981). A mortalidade da geração do milênio é incrivelmente mais alta, chegando a 40%. Os principais problemas relacionados a saúde deles é hipertensão, colesterol alto, depressão severa, uma alta porcentagem de morte por suicídio e overdose.
Esta realidade conduzirá um gasto maior com atenção médica. Em idade comparável, os gastos com saúde da geração Y, em relação a X, será 33% maior. Além disso, a fragilidade de saúde desta geração, que já está se colocando como a base da economia mundial, afetará em muito seu desempenho.
Nos EUA, por exemplo, os gastos per capita com saúde deverão se elevar a US$ 4.500 por ano. A saúde frágil dos “milênios” também os ameaçam com o desemprego e um crescimento econômico do país mais lento. Hoje os EUA gastam 18% do PIB com saúde.
Segundo os estudos da BCBS, o governo americano deve restruturar seus gastos com saúde levando em consideração a geração dos milênios. Deste modo, deverão aumentar estes gastos. No Brasil, ao contrário das conclusões da BCBS, o governo congela e até diminui os gastos com saúde. Poderíamos corrigir este erro voltando a anterior política do pré-sal, que canalizava seus recursos para as áreas da saúde e educação.
RG 15 / O Impacto