Japão adia Olimpíada para 2021 devido ao coronavírus

O primeiro ministro japonês, Shinzo Abe, confirmou nesta terça-feira que a Olímpiada 2020, que aconteceria em Tóquio, capital do país, foi adiada para o próximo ano, devido à gravidade da pandemia do coronavírus.

Logo depois do anúncio de Abe à imprensa japonesa, o Comitê Olímpico Internacional confirmou o adiamento dos jogos, por meio de uma nota em seu site.  A decisão foi tomada após o primeiro ministro japonês e o presidente do Comitê, Thomas Bach, discutirem o assunto nesta terça.

De acordo com o Comitê, a aceleração da pandemia do coronavírus, reiterada pelo Organização Mundial da Saúde nesta semana, justifica o adiamento da Olímpiada.  No mundo, a pandemia já atinge mais de 390 mil pessoas segundo o levantamento da universidade Johns Hopkins e deixou mais de 17 mil mortos.

Os jogos ainda não tem uma nova data, mas não devem ser adiados para além do meio de 2021, quando será verão no hemisfério norte.

O comunicado também afirma que os Jogos Olímpicos em 2021 poderão representar uma “luz no fim do túnel” onde o mundo se encontra no presente. Mesmo com a mudança na data, a Olimpíada deve continuar com o nome de Tokyo 2020.

A possibilidade do adiamento já vinha sendo levantada nas últimas semanas. Comitês olímpicos do mundo inteiro pressionaram o Comitê Olímpico Internacional pelo adiamento dos jogos. Nesta semana, o Canadá informou que sua delegação não participaria dos jogos.

De acordo com o The New York Times, o governo japonês gastou mais de 10 bilhões de dólares com a organização dos jogos, que estavam previstos para acontecer entre 24 de julho e 9 de agosto.

Esta é a primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial que a Olímpiada é adiada. No século XX, o evento foi cancelado em 1916 durante a Primeira Guerra Mundial e em 1940 e 1944 durante o segundo conflito.

Coronavírus

No mundo, a pandemia já atinge mais de 390 mil pessoas segundo o levantamento da universidade Johns Hopkins e deixou mais de 17 mil mortos. Além da China, que já tem registrado uma desaceleração na transmissão da doença e parece voltar à rotina normal, os outros países com o maior número de infectados são Itália e Estados Unidos.

No Brasil, o crescimento no número de casos de coronavírus tem estimulado o debate sobre o adiamento das eleições deste ano, previstas para acontecer em outubro. A Confederação Nacional dos Municípios defende a mudança de data do pleito para que prefeitos possam focar em administrar a pandemia.

Fonte: Exame

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