Artigo – Só uma guerra pode salvar os EUA, mesmo que esta guerra não seja apenas no campo comercial?
Por Oswaldo Bezerra
O comissário de Comércio da União Europeia, Phil Hogan, observou que a OMC em breve irá arbitrar um caso paralelo da União Europeia contra os Estados Unidos em relação a “certos subsídios ilegais à Boeing”.
Os EUA é o país que mais investe em propaganda em outros países, como o Brasil, sobre economia liberal e prega que estes países se desfaçam de suas estatais. Resultado disso, veículos de imprensa brasileiro como Globo e Estadão escreveram matérias como “Brasil Campeão Mundial em Números de Estatais”, sem revelar que no Brasil há 138 estatais e que nos EUA há milhares.
Os EUA fazem isso com o intuito de lançarem suas empresas para extrair o maior lucro possível de outras nações. Hoje eles estão em guerra comercial com a China e Europa. Onde não há um presidente vassalo de Washington há um conflito.
Com a China a guerra, além de comercial, se tornou híbrida e sua frota naval está se concentrando no mar da China em busca de uma brecha para iniciar uma guerra de verdade. Com a Europa os EUA também lutam em várias frentes.
Uma delas é tentar estabelecer o monopólio norte-americano no mercado das aéreas. A Comissão Europeia tenta minimizar esta disputa com acordo com a OMC, onde os EUA deveriam retirar as contramedidas às exportações da União Europeia (EU).
Trump está tentando usar tarifas para diminuir o déficit comercial entre os EUA e EU. Os europeus rebatem, que na ausência de um acordo, a UE estará pronta para se beneficiar plenamente de seus próprios direitos de sanção. A OMC em breve emitirá sua decisão de arbitragem no caso da UE contra os Estados Unidos sobre subsídios ilegais a Boeing, onde o Órgão de Apelação considerou que os EUA violam suas obrigações na OMC.
Michael R. Englund, diretor principal e economista-chefe da Action Economics, suspeita que seja improvável que a longa disputa entre Boeing e a Airbus termine por ai. Donald Trump age belicosamente em defesa dos interesses norte-americanos e ameaça publicamente a UE com sanções. O processo de negociações prejudicou a credibilidade dos EUA e atrasou desnecessariamente a resolução de conflitos.
Em outra ponta da guerra comercial contra os europeus está o gasoduto que vai da Rússia até a Alemanha. No ano passado a empresa russa levou até os europeus 200 bilhões de metros cúbicos de gás natural. Metade disso precisa passar por gasodutos na Ucrânia. Por isso o golpe de estado ocorrido neste país e colocação de títeres no poder ucraniano. A Ucrânia passou então a taxar esta passagem de gás em 3,5 bilhões de dólares.
Os EUA também querem abocanhar o mercado europeu com seu gás produzido do fraturamento hidráulico. A competição pelo mercado europeu se acirrou. Os europeus têm a liberdade de escolher o fornecedor com maior competência e menor preço? Os EUA dizem que não.
A Rússia para fugir do pedágio ucraniano criou um novo gasoduto, pelo mar báltico, que leva gás direto para a Alemanha. Logo, os EUA começaram a lançar sanções contra os países que participam da construção deste gasoduto. Mais uma vez o país que tanto faz propaganda do livre comércio em todo o mundo (para aas empresas deles pelo jeito) se utiliza de terrorismo econômico contra esta opção européia de comércio.
A verdade é que os EUA estão desmoronando economicamente por dentro, e pela primeira vez na história o governo e imprensa norte-americana fogem da transparência da informação para tentar não mostrar o caos econômico do país.
Embora as condições econômicas fossem absolutamente terríveis, durante o mês de junho, a grande mídia continuou insistindo que a economia dos EUA estava “se recuperando” e o mercado de ações continuava subindo. A narrativa de “recuperação econômica” era falsa porque os números mostram outra realidade.
A imprensa norte-americana, na última quinta-feira, a imprensa tentou fazer parecer que havia apenas 16,2 milhões de pessoas pedindo seguro desemprego. Quem acreditou nisso foi vítima de fake news. Os 16,2 milhões eram apenas reivindicações dos programas estaduais e não incluíam as reivindicações federais.
O número real é de 31,8 milhões de desempregados. Estava no relatório do Departamento do Trabalho em letras miúdas. Porque a mídia deturpou esses dados e subestimaram quase metade da taxa de desemprego? No geral, mais de 52 milhões de americanos entraram com novos pedidos de subsídio de desemprego nas últimas 18 semanas, foi o maior aumento do desemprego da história dos EUA.
No final de junho, 24,5% de todas as pequenas empresas norte-americanas foram fechadas. Quase um quarto de todas as pequenas empresas em todo o país está fechada. Segundo a Yelp 60% dos restaurantes inicialmente listados como “temporariamente fechados” agora são classificados como permanentemente fechados. São 26.160 restaurantes que não abrirão mais suas portas.
Bares e clubes também estão sendo atingidos com extrema força. Segundo o Yelp, 44% dos bares e clubes que foram listados inicialmente como “temporariamente fechados” foram encerrados permanentemente. São 5.454 bares fechados para sempre.
Na cidade de Nova York, está sendo projetado que um terço de todas as pequenas empresas nunca será capaz de abrir novamente. Cerca de 76.000 pequenas empresas na cidade de Nova York não conseguirão mais reabrir seus negócios.
Nos EUA as viagens aéreas eram uma tradição, mas agora é outro setor absolutamente devastado. Após um salto modesto em junho, o número de passageiros aéreos está começando a cair novamente. O número de passageiros aéreos caiu durante a semana encerrada em 20 de julho, em comparação com a semana anterior. De acordo com o Bank of America a queda foi de mais de 70% em relação ao ano anterior.
Muitos esperavam que o país, com a maior economia do mundo, tivesse uma recuperação rápida assim que os bloqueios por corona vírus fossem suspensos. Mas, em vez disso, o ressurgimento de casos fez com que novas restrições fossem criadas e a atividade econômica desacelera novamente.
Enquanto isso a China está erradicando a pobreza em seu país este ano. O PIB chinês já está em franca recuperação. Isso tudo vai fazer com que a China se transforme no motor do mundo em substituição aos EUA. Retira suas empresas da China é improvável, o mercado chinês é muito maior que o dos EUA.
Com a maior força militar do planeta, norte-americanos não venderão barato esta derrota. Assim como costumamos ver em partidas de futebol os jogadores perdedores partirão para cima dos vencedores com violência física? O problema é que se houver guerra de fato não sobrará mundo para liderar.
Se os EUA têm empresas estatais os americanos estão pagando por esta ineficiência. Se por lá o mercado é protegido da concorrência internacional, como no caso da Boing, isso é péssimo para os americanos que poderiam ter acesso a melhores produtos e mais em conta.
KKKKKKKKK….que papo furado, hein marxista de carteirinha ! Quem pode desmoronar é a China, que agora começa a sentir a retaliação dos países democráticos ao lançamento do vírus Covid 19, devidamente manipulado nos laboratórios chineses , cujo resultado saiu do controle ou foi propositadamente lançado contra a população, a título de experiência para uma futura guerra biológica, e deu no que deu; agora todo o mundo de olho nos reais propósitos dos comunistas do ditatorial partidão ! Vários países já começaram a retirar suas indústrias de lá e os vermelhos começam a enxergar, em futuro próximo, o fantasma do desemprego dentre uma população de bilhões. Outro problema no colo da China é reanexar Hong Kong, cuja população está acostumada com a democracia, sob a tutela da Inglaterra, agora hostil e avessa, ao chicote e cabresto marxistas ! Quanto à recuperação econômica dos USA, bem como dos demais países democráticos, isso ocorrerá logo, a exemplo do final da II Guerra Mundial, todos devastados, porém a economia de mercado se reinventa e se multiplica, tanto é que a China copiou o neoliberalismo e venceu a miséria absoluta marxista, ao importar indústrias de todo o mundo, oferecendo mão de obra barata e isenção de impostos. Pra que todo esse castelo de cartas chinês desmorone, basta que as mesmas empresas retrocedam aos seus respectivos países . É a reação do povo chinês, há 70 anos sob o chicote vermelho, que os chefões do partido único, em sua boa vida burguesa, temem; sabem que perecerão fuzilados com tiros na nuca ou enforcados, como sempre fizeram com suas 60 milhões de vítimas !!!