Artigo – A educação da vontade: como os estudantes espertos fazem?
Por Oswaldo Bezerra
Para os jovens há um caminho certo para sair da pobreza. Aproveite enquanto não obstruam este caminho para você, jovem. É o estudo. Seja no Brasil, onde as pessoas podem estudar em uma universidade grátis e depois passar em um concurso público, ou em um país asiático onde, nos vestibulares, garantem acesso, depois de formados, em uma das grandes empresas exportadoras.
Um curso universitário não garante um futuro tranqüilo. Tão pouco a falta de um curso universitário condenará a um fracasso. Em um dos mais famosos discursos da história, Stev Jobs, o criador da Apple e da Pixar, em uma formatura universitária que aquilo seria o mais próximo que ele estaria de uma formatura.
Jobs não terminou seu curso universitário por achar que estava gastando as reservas financeiras de seus pais adotivos, que nunca fizeram um curso universitário. No entanto, ele disse que o curso de caligrafia que fez na Universidade, garantiu hoje que todos os computadores tenham essa diversidade de fontes. Caso ele não tivesse estudado caligrafia você poderia nem ter o iPhone hoje. Isso é estudar para aprender e produzir.
O decepcionante para algumas pessoas é gastar tanta energia em estudar e, ver que, seu colega ao lado, que não aplica tanto esforço como você esteja se sobressaindo com as notas. O grau de inteligência é determinante para isso? Para alguns especialistas, a diferença da produtividade de estudantes está mais ligada ao método de estudo do que a inteligência, propriamente dita.
A primeira vez que vi algo escrito sobre este tema foi em uma apostila, escrita no início dos anos 60, da escola de sargentos da Aeronáutica. A apostila dava dicas de como se devia estudar. Era bem embasada e trazia dados científicos como a curva da memória. Resumia como deveriam ser feitas as revisões e ensinava segredos para memorização.
Foi em 1993, que vi uma publicação que trazia uma pesquisa bem completa, sobre o assunto de estudantes que eram especialistas em estudar. O livro era “What Smart Students Know: maximum grades optimum learning” (O que os estudantes espertos sabem: notas máximas, aprendizado otimizado) de Adan Robison. A obra foi resultado de décadas de pesquisas e aplicação com alunos.
Nele é mostrado porque os alunos com melhores notas, geralmente, não são os que passam mais tempo estudando, também não são os que têm maiores quocientes de inteligência. Principalmente, o livro demonstra que qualquer um pode se tornar um estudante expert em tirar notas altas. Os alunos mais destacados são os que possuem concentração e, acima de tudo, um “método adequado”.
Métodos com excelência de estudo, hoje, você pode encontrar em redes sociais. Uma das páginas mais visitadas está no Instagram, é o “A educação da vontade”. Por ser uma antítese do Instagram, este que só traz distrações, frivolidades e informações superficiais, estas páginas são chamadas de “Studygram” e criou uma comunidade bem forte.
Desde criança as nossas escolas jogam muito conteúdo para os estudantes. O que não há ainda, em nossas escolas, é uma pessoa que oriente aos alunos como tirar o máximo de proveito dos conteúdos.
Nem só para sair da pobreza o estudo serve. Esta atividade aumenta a capacidade da memória, ativa o poder de concentração e, com o hábito, aumenta a nossa capacidade de aprender. Quanto mais se estuda mais se exercita o cérebro, mais protegido ele ficará de doenças degenerativas, como o mal de Alzheimer, por exemplo.
RG 15 / O Impacto