Caixa Econômica estaria dificultando abertura de Lotérica, prejudicando milhares de beneficiários de Programas Sociais em Porto de Moz

Há mais de um ano o prédio da Casa Lotérica “Estrela da Sorte” está concluído. Desde então, a população do município de Porto de Moz, que integra a região do Xingu, no estado Pará, aguarda com expectativa a abertura do empreendimento.

Os processos foram transcorrendo, e finalmente, parecia ter chegado o tão sonhando dia, especialmente, para os milhares de beneficiários de programas sociais, que precisam se deslocar a outros municípios da região, como Altamira, para poder sacar os recursos que tem direito. Outros, têm que chegar de madrugada, por volta de 2h, permanecer na fila para garantir o recebimento de uma ficha e assim conseguir atendimento no único correspondente Caixa Aqui que funciona em um comércio da cidade.

De acordo com o presidente da Associação Comercial de Porto de Moz, Francisco Paiva Galvão, o município possui cerca de 7 mil pessoas que recebem Bolsa Família. Essa parte da população é obrigada a se arriscar durante a madrugada, expostos às chuvas. Durante o dia, são horas intermináveis à espera de atendimento, sob o sol escaldante. Também, acabam provocando imensas aglomerações.

“A situação fica mais desesperadora, pois observamos que entre as pessoas que passam por tudo isso, muitos são idosos, doentes ou com alguma necessidade especial”, conta.

Conforme informou Paiva ao O Impacto, há pelo menos 10 dias, o proprietário da Lotérica “Estrela da Sorte” encontra-se na região para viabilizar a abertura do empreendimento.

“Ele veio do Paraná, assinou o contrato com a Caixa Econômica Federal, contudo, nada do banco autorizar o funcionamento. A gente conversa com os gerentes da Agência Xingu, em Altamira, eles falam que vão fazer, porém, chega o dia eles não cumprem, deixando a população, e categoria empresarial a qual represento, prejudicada”, argumenta o presidente.

Para o empresário, a abertura nunca foi tão urgente quanto agora, pois, devido o período de pandemia,  evitaria aglomerações.

Outra questão levantada por Paiva refere-se às consequências que a falta da lotérica impõe a economia do município.
“A nossa cidade perde economicamente, pois, ao se deslocarem para Altamira, as pessoas acabam realizando suas compras lá. O dinheiro deixa de circular no município”.

RG 15 / O Impacto

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