Artigo – Qual motivo do surgimento e do sumiço do Zé Gotinha?
Por Oswaldo Bezerra
Os hospitais brasileiros estão entrando em colapso à medida que uma variante altamente contagiosa do corona vírus se espalha pelo país. Ao mesmo tempo, o presidente Bolsonaro ainda insiste em tratamentos não comprovados. A única tentativa de criar um plano nacional para conter o COVID-19 foi severamente atacada pelo “gabinete do ódio” e por isso falhou.
Na última entrevista coletiva, o ex-presidente Lula cobrou do atual governo seriedade no combate a pandemia. Lembrou de quando o Brasil foi acometido por H1N1 nosso país vacinou 80 milhões de pessoas em apenas 3 meses.
Lula lamentou a demissão do Zé Gotinha. O atual governo considerava o personagem “petista” demais para continuar. Lula perguntou “cadê” o nosso querido Zé Gotinha?
Uma das piores heranças que a Ditadura Militar deixou foram epidemias. A saúde pública no Brasil só teve algo próximo ao SUS com a abertura democrática. Na ditadura a regra foi fingir que as doenças não existiam.
Esconder dados e censurar publicações deles foram um trabalho muito mais fácil para a ditadura que organizar uma campanha de vacinação. Finalmente, quando os militares saíram do governo o Brasil criou um pacto com a UNICEF para erradicação da poliomielite no prazo de 10 anos.
O ministério da Saúde precisou de uma logomarca para representar o ambicioso programa de vacinação. O artista plástico Darlan Rosa foi incumbido da logomarca. Ele percebeu que as crianças eram vacinadas de forma bruta. Faltava gentileza. Além disso, existia um movimento anti-vacina, como o feito hoje pelo presidente até alguns dias atrás. O artista resolveu criar então “O Zé Gotinha” em 1986.
O principal objetivo era tornar as campanhas de vacinação mais atraentes para as crianças. O Ministério da Saúde não gostou muito da idéia de se criar uma mascote. Contudo, uma mascote na televisão avisando sobre as datas de vacinação fez com que as crianças pedissem aos pais para serem vacinadas.
Outra boa idéia do Darlan foi transformar o ato de vacinação em uma festa infantil. Foi um sucesso. As crianças adoravam fazer filas para se vacinar. As festas eram animadas por bonecos do “Zé Gotinha”.
Desenhos animados do “Zé Gotinha”, com boa qualidade, apareciam nos intervalos dos programas infantis. As datas de vacinação eram bem destacadas. Foi assim que o sucesso das campanhas de vacinação do Brasil se tornou uma referência internacional positiva, ou pelo menos era. O Zé Gotinha tem grande parte neste mérito.
O personagem do Zé Gotinha inspira gentileza, cuidado, afeto e amor a vida. Simboliza tudo que é oposto ao governo Bolsonaro. Por isso, o personagem não apertou as mãos do presidente.
RG 15 / O Impacto
Só espero que o patrão (o povo) desse funcionário relapso, inerte, mentiroso, incapaz, ineficiente e incompetente, o demita por justa causa na próxima eleição em 2022, BASTA!