Denúncia – Na periferia de Santarém, lideranças evangélicas tentam convencer a população a não se vacinar
Chegaram à redação do Impacto várias denúncias relacionadas a atuações de lideranças evangélicas que estariam de alguma maneira tentando convencer os irmãos de igrejas a não tomarem a vacina contra a covid-19. “A fé irá curar. A fé irá nos proteger”, argumentam.
Segundo informações, na área urbana de Santarém, especialmente na periferia, integrantes de congregações evangélicas ignoram qualquer tipo de dados da saúde pública e de especialistas em combate ao coronavírus, com argumentos baseados em fake news, tais como, a “vacina é a marca da besta”, “o imunizante irá provocar esterilização em mulheres” e “como a vacina vem da china, ela irá implantará chips nas pessoas”.
Essa estratégia também foi utilizada por representantes evangélicos em aldeias indígenas, o que vem ocasionando transtornos para as equipes de saúde. E com isso a desconfiança na ciência tende a aumentar, se constituindo então um verdadeiro desserviço à sociedade.
As autoridades públicas devem tomar providências relacionadas à denúncia, uma vez que podem ser enquadradas em crime contra a saúde pública.
RG 15 / O Impacto
Outro dia estava circulando um vídeo onde, o “finado” pastor Lázaro fazia uma pregação em que ele dizia, “esse vírus covid não existe meus irmãos, quem tem fé não pega vírus, isso é coisa do capeta”, dias depois ele foi infectado, intubado e morreu. Ou seja, mesmo para quem tem fé o vírus é letal. Pastores evangélicos, padres, freiras, macumbeiros, ateus, budistas, enfim nenhum ser humano está imune.
Acusar que as igrejas prega contra a vacina, é falácia. Não tem fundamento. Pelo contrário, as igrejas vem prestando um serviço relevante no combate à pandemia, tanto na orientação às pessoas para que tomem as vacinas, quanto aos serviços de assistência social, algo que o poder público ou privado não fazem.
Agora, afirmar que a Igreja prega que Jesus cura, isso é verdade, porque realmente ele cura, não só da covid, mas de toda e qualquer enfermidade. Pregar a fé é uma missão fundamental da igreja e nada nem ninguém poderá mudar isso. Contra a fé não há lei.
Sugiro ao conceituado Jornal, se ainda não fez, que cumpra o seu papel em checar os informes e orientar denunciantes a procurarem às autoridades competentes, com as devidas testemunhas. Porque denunciação falsa, também é crime.
Quando se fala dessa forma, você nivela todas as igrejas evangélicas por baixo: nas congregações que fazemos parte, todo o protocolo sanitário tem sido executado com o rigor visando colaborar enfrentamento da Covid-19. Inclusive adotou-se a modalidade de cultos pelas redes sociais. Termômetro infravermelho, álcool a 70% sendo oferecido aos que optam pelo culto presencial, uso de máscaras é obrigatório nas reuniões. Mas cada cidadão é livre para optar pela vacina. Nem todos pregam contra vacina da Covid. Isso é uma decisão pessoal. Sendo assim, não se deve generalizar que essa conduta antivacina seja pregada nas igrejas (evangélicas). Até porque nem tem quantitativo de vacinas para todos.