Artigo – Em plena Cúpula do clima como anda a poluição na América Latina?

Eu já fiquei em dúvida, mas a mudança climática é realmente um problema para o planeta Terra. A ONU vem alertando que só temos tempo até 2030 para tomar medidas, e drásticas contra a situação. Em um importante dia para o meio ambiente onde nosso presidente falou para o mundo todo em uma cúpula ambiental nos perguntamos. O que está acontecendo na América Latina? Quais são as cidades mais poluídas da região?

O relógio com contagem decrescente para evitar que as mudanças climáticas nos levem a uma catástrofe permanente. A organização vem alertando sobre isso desde 2018, quando relataram que 2030 é a data limite para reduzir a poluição, principalmente o dióxido de carbono (Co2), causada principalmente por combustíveis fósseis.

O consumo global de carvão para gerar eletricidade forçosamente será reduzido em 2030 para 80% abaixo dos níveis de 2010. As economias desenvolvidas devem se comprometer a eliminar o carvão até 2030 e outros países devem fazê-lo até 2040.

Ativistas ambientais internacionais, como a jovem sueca Greta Thunberg, se tornou uma figura-chave na luta pelo meio ambiente. Ela denunciou na ONU com sua emblemática frase “Nosso mundo está em chamas”.

Embora o problema da poluição do ar seja um problema global, a situação não é a mesma em todos os lugares. Sobre a América Latina em particular, os números não são bons. Qual é a situação da poluição do ar na América Latina?

De acordo com o relatório mais recente do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) sobre mobilidade elétrica na América Latina e no Caribe, cerca de 100 milhões de pessoas na América Latina e no Caribe vivem em áreas com má qualidade do ar.

Isso se deve principalmente ao transporte terrestre, uma das principais fontes de poluição. Segundo estimativas do PNUMA, o número de veículos deve triplicar até 2050, com 200 milhões de veículos na região.

Para evitar as consequências destas projeções, o relatório propõe a alternativa da mobilidade elétrica, veículos que não necessitam de carvão e que, se implantados de forma massiva, reduzirão drasticamente a poluição atmosférica no continente.

Uma prova vívida de que uma mudança no paradigma do transporte foi a redução acentuada da poluição do ar durante os períodos de aumento das restrições de mobilidade devido às condições de saúde. Isso foi apontado tanto pelo PNUMA quanto pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

A capital peruana, Lima, é um exemplo, em que se notou uma notável melhora na qualidade do ar pelo fato de medidas de distanciamento social para combater o corona vírus (COVID-19) têm feito as pessoas ficarem em casa e as empresas mudarem a forma de operar.

Caso as mudanças estruturais não sejam feitas nas diferentes indústrias, neste caso o transporte, quando a pandemia passar, a qualidade do ar cairá novamente. Portanto, além da alternativa de mobilidade elétrica, o BID se propõe a optar por políticas que viabilizem o teletrabalho para determinados setores de forma permanente, já que a pandemia mostrou que muitos poderiam continuar assim.

Algumas alternativas para evitar a poluição do ar parecem claras, mas qual é a realidade latino-americana. De acordo com um relatório do site de dados estatísticos Stadista com base em dados de 2019, último ano antes da pandemia, portanto, com mobilidade normal no mundo, o Chile foi um dos países com maior contaminação.

Das 15 cidades mencionadas no relatório, 12 são chilenas e as outras três pertencem ao México. O relatório mede os dados em microgramas por metro cúbico de MP. Coyhaique no centro-sul do Chile, é o que lidera a lista, com 41,5 PM; Toluca, no estado do México, está em quinto lugar com 29,4 e Santiago do Chile em sexto, com 27,7.

Um relatório de 2018 do Relatório Mundial da Qualidade do Ar apresenta medições semelhantes, com Peru e Chile na liderança. A concentração de partículas de luz, um dos indicadores mais usados ​​para medir a poluição do ar, atinge em média 28 micrômetros por metro cúbico no Peru e quase 25 no Chile. O Brasil fica atrás do Peru, Chile e México.

Este é o ranking apresentado pelos países, também medido em microgramas por metro cúbico de material particulado:

1 – Peru (28)

2 – Chile (24,9)

3 – México (20,3)

4 – Brasil (16.3)

5 – Colômbia (13,9)

6 – Porto Rico (13,3)

Esta é a classificação por cidade:

1 – Santiago de Chile (24,9)

2 – Lima (28)

3 – Cidade do México (19,7)

4 – São Paulo (16,2)

5 – Bogotá (13,9)

No mesmo relatório, mas a partir de 2020, os resultados mostram a redução da poluição do ar causada pela mobilidade reduzida durante a pandemia. O Brasil cai de quarto para sétimo lugar.

É assim que os números foram reduzidos:

1 – Chile (19,3)

2 – Guatemala (19,2)

3 – México (18,9)

4 – Peru (17,9)

5 – Colômbia (15,6)

6 – Argentina (14,2)

7 – Brasil (14,2)

RG 15 / O Impacto

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