Candidatos denunciam possíveis irregularidades no Processo Seletivo do Mais saúde
Por Diene Moura
A realização do Processo Seletivo Simplificado do Instituto Social Mais Saúde para ocupar funções no Hospital Municipal de Santarém (HMS), nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) 24h de Alter do Chão, Santarenzinho, Nova República e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), virou alvo de denúncias que foram encaminhadas ao Ministério Público em Santarém.
De acordo com as denúncias de profissionais de saúde que participaram do certame, houve dificuldades em acessar o site para participar das próximas etapas do processo, e mesmo havendo problemas no sistema muitos candidatos foram desclassificados. Outro argumento utilizado pelos denunciantes é que o processo seletivo só seria uma “fachada”, pois os cargos já estariam ocupados, o que é popularmente conhecido como “carta marcada”.
As várias inconsistências acerca do Processo Seletivo chegaram até a Câmara de Vereadores de Santarém, que enviou ofício ao Ministério Público para que os fiscais da lei investiguem as denúncias recebidas. A vereadora Enfermeira Alba Leal, da 7° Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores de Santarém, se manifestou a respeito.
“Foi enviado um ofício ao Ministério Público solicitando a investigação e o possível cancelamento do Processo Seletivo Simplificado do Instituto Social Mais Saúde. Esse processo contemplaria a contratação de vários profissionais na área da saúde. Acontece que várias denúncias foram recebidas, não só pela comissão de saúde, como vários vereadores, sobre os problemas durante o processo”, afirmou a Vereadora.
“Candidatos que não conseguem entrar na sala virtual para entrevistas por conta de internet, e mesmo assim não houve uma segunda chance. E mesmo entrando em contato com o Instituto Ágata, empresa que foi contratada, eles foram desclassificados da relação. Candidatos que tiveram uma nota alta também foram desclassificados, assim como houve candidatos que tiveram nota baixa e foram classificados”, concluiu a Vereadora.
Segundo o edital do Instituto Ágata, responsável pelo certame, os candidatos que fossem aprovados para as próximas etapas seriam comunicados por sítio eletrônico ou por email cadastrado na inscrição. O edital destaca ainda que não se responsabilizariam por dados incorretos ou não visualização dos comunicados em tempo hábil.
As inscrições no PSS iniciaram no dia 16 de abril e seguiriam até dia 25, porém foi dado mais um prazo até o dia (28) de abril, pois foi detectado que alguns candidatos deixaram de apresentar documentos comprobatórios, dificultando a seleção. O processo seletivo oferecia mais de 40 vagas, entre auxiliar de limpeza, vigia, biomédico, cozinheiro, farmacêutico, nutricionista, técnico de análises clínicas, enfermeiro, assistente social, auxiliar de estoque, auxiliar de cozinha, copeiro hospitalar, fisioterapeuta, maqueiro, motorista, porteiro, entre outros.
Os procedimentos tomados pela Comissão de Saúde atendem a reivindicação de profissionais que se sentiram lesados durante o certame. O documento para investigação, enviado em caráter de urgência buscando maior transparência, resultou em um comunicado que veio a público no dia 01 de junho, informando sobre a suspensão temporária das entrevistas.
RG 15 / O Impacto