“Sem saber, eu fui apertando na doida lá”, diz homem que arrematou 35 motos em leilão virtual e foi parar na delegacia

Funcionários da empresa Auto Socorro Puma identificaram uma movimentação estranha no seu último leilão virtual de veículos. A mesma pessoa arrematou nada menos de 35 motocicletas. Ocorre que quando esse homem foi contactado para efetuar os pagamentos, ele disse que pretendia comprar apenas uma moto e que arrematou as outras peças do leilão virtual sem querer. Resultado: o caso foi parar na delegacia de polícia.

O autor de toda essa confusão é Rodrigo Cabral de Almeida. Ele trabalha como vendedor de variedades em uma banquinha montada em frente a um supermercado no Núcleo Cidade Nova. Tudo que ele queria era apenas comprar uma moto para poder trabalhar, mas acabou incorrendo no crime de frustrar licitação público.

De acordo com o diretor do Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU), Jocenilson Silva, que também acompanhou o caso, pesa a favor de Rodrigo o fato de que ele, ao ser procurado pela Puma Leilões para fazer o pagamento dos boletos, se apresentou espontaneamente à sede da empresa e disse que tudo não passava de um grande mal-entendido. Ou seja, aparentemente, não agiu de má fé.

Também ouvido pela reportagem do CORREIO, o advogado Hugo Barroso, que defende os interessas da Auto Socorro Puma, contou que quando a empresa verificou lances incomuns e em quantidade elevada no último leilão, todos pela mesma pessoa (Rodrigo), iniciou-se uma investigação interna para descobrir o que houve.

Ainda conforme o advogado, a conduta de Rodrigo gerou prejuízos à empresa, que agora terá de convocar os autores dos segundos melhores lances de cada peça para saber se eles ainda querem arrematar os veículos. “O prejuízo já está consolidado, mas a empresa vai trabalhar para tentar diminuir”, resume.

Ouvido pela reportagem do CORREIO na delegacia, Rodrigo Cabral disse que não tinha muito costume de participar desse tipo de atividade pela internet. “Sem saber, eu fui apertando na doida lá. Quando eu fui no outro dia, a moça foi me falar que os lances estavam valendo”, relata, ao acrescentar que queria comprar apenas uma moto para trabalhar e nunca imaginou passar por um vexame desses. “Eu nunca passei por isso que eu passando, nunca fui na delegacia pra nada”, afirma.

Por outro lado, o advogado Hugo Barroso disse que uma outra pessoa fez procedimento semelhante ao de Rodrigo, arrematando vários veículos. Mas esse outro caso ainda está sendo investigado e a pessoa ainda não foi identificada.

Fonte: Correio Carajás

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