Moradores reclamam de manutenção em vias principais enquanto as adjacentes são esquecidas

A nossa equipe de reportagem foi acionada por moradores que estão insatisfeitos com obras inacabadas realizadas em vias consideradas principais do bairro Jardim Santarém, enquanto as ruas adjacentes são esquecidas, permanecendo com lixo oriundos de limpezas domésticas e de buracos que surgem constantemente com as fortes chuvas.

Os moradores do bairro, situado na área central da cidade, sofrem há anos com as precárias condições das vias públicas. As revitalizações paliativas em alguns trechos dão a falsa sensação de melhorias, como afirma uma das moradores que residem na Avenida Orquídea,  entre os perímetros da Rua Hortência com a Verbena.

“De vez enquando aparece um trator aqui, que faz um serviço mal feito, quebra cano, acumula mato,  lixo e joga uma terra que com a água da chuva e dos esgotos das residências deixa uma porcaria  e impossibilita a entrada de nossos veículos na garagem. Uma vez tive que fazer o ‘protótipo’ de uma ponte para poder adentrar na minha garagem”, disse a moradora, que prefere não revelar sua identidade.

Outra reclamação relatada por moradores são os gastos financeiros para manter a rua trafegável. “Já perdi as contas de quanto já gastei de entulhos, com a troca de cano, sacos de terras e mão de obra para que pudessem melhorar a área e conseguisse passar com meu carro aqui.  Porém, a chuva estraga tudo que já foi investido do nosso próprio bolso! Entra ano e sai ano e tudo continua a mesma coisa, só levam em consideração a rua que passa transporte coletivo. O mais viável, eu acredito, seria uma solução definitiva, do que insistirem em gastar dinheiro público com manutenções temporárias”, afirmou Maria Oliveira.

Em dias de chuvas a situação piora, pedestres não passam na rua e os veículos correm o risco de ficarem atolados causando ainda mais prejuízos. A adolescente de prenome Isabele gravou um vídeo mostrando as condições que a Avenida Orquídea fica após algumas horas de chuvas. “Toda a chuva vem lá de cima, da Anísio Chaves, Angélica, Hortência e desce por aqui, o solo nesse perímetro vai se desgastando porque não aguenta a concentração dessa água. Um dia desses vi um motociclista caindo nesse buraco, porque o assoreamento da rua esta tornando ela estreita e de difícil acesso”, contou.

A senhora, que prefere se identificar pelas inicias, S.R também se manifestou e em tom de indignação direcionou as reclamações ao gestor municipal. “O que eu tenho a dizer é que nosso Prefeito está deixando muito a desejar na nossa rua Orquídea, eu não sei o que ele tem contra o nosso bairro, já que moramos no centro da cidade, mas infelizmente o Prefeito esqueceu do ‘Jardim dos Buracos’, eu nem digo que é Jardim Santarém, porque de Jardim só é o nome, de resto não tem nada! Seria bom que ele tomasse uma providência, asfaltando a nossa rua  e outras também. Quando chove aqui é um sofrimento, só buraco e lama”, finalizou.

Na última semana alguns bairros de Santarém vêm recebendo a Operação Tapa-Buraco, na qual ocorreram manutenções na Avenida Cuiabá, entre a Rua Quixadá e Avenida Tancredo Neves, nos bairros Esperança e Matinha. Algumas vias no Aeroporto Velho receberam pavimentação e os serviços se estenderam para recuperar sistema de drenagem, como canaletas, bueiros, bocas de lobo, calçadas, dentre outros. De acordo com a Seminfra, esses serviços pretendem manter a trafegabilidade e dar maior comodidade à população, além de melhorar o sistema de vazão das águas das chuvas, evitando alagamento.

Já com relação as ruas mencionadas na matéria, a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra), nos informou que atua com cronograma diário de manutenção de vias não asfaltadas de acordo com as demandas que surgem, realizando serviços de limpeza, aterro, raspagem e terraplenagem.  A via citada já foi incluída no cronograma da Secretaria e deve receber manutenção na próxima semana. A seminfra ressalta ainda  que tem intensificado os serviços por conta das fortes chuvas que tem caído sobre a cidade.

Por Diene Moura

O Impacto

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