Torturador que queimava vítimas com faca quente é preso no Pará
Jumar Barros Marques, o “torturador de Porto de Moz” foi preso na tarde de quinta-feira (05/5). O criminoso, que tinha mandado de prisão preventiva em aberto desde julho do ano passado, foi detido pela Polícia Militar em uma comunidade no interior de Prainha, município na divisa com Monte Alegre, Oeste do Pará.
Jumar mudou radicalmente o corpo e tentou alterar algumas das mais de dez tatuagens que tem, mas pela repercussão do caso que ganhou a mídia nacional, o rosto do jovem ficou conhecido e ajudou na identificação.
O criminoso ainda mentiu o nome para os policias e teve apoio da mãe. “A própria mãe tentou enganar a polícia falando que não era o Jumar, mas era ele”, informou uma fonte.
De acordo com o delegado de Monte Alegre, Rodrigo Barbosa, Jumar Barros será transferido para Santarém, região Oeste. Jumar deve ser enquadrado por tortura física e psicológica, tentativa de homicídio e cárcere privado.
“Ele queimava minhas partes íntimas”
Uma das vítimas de Jumar Barros Marques contou que o torturador queimou as ‘partes íntimas dela’. A jovem relata que Jumar fazia isso como uma espécie de assinatura. “Ele dizia que era pra que outro homem que ficasse comigo soubesse que tinha sido dele”.
Essa mesma vítima teve uma ferida aberta na cabeça com uma pernamanca. Questionada em reportagem exclusiva da Record TV sobre como ela reagia às agressões, a vítima relata: “Ele dizia que se eu contasse para alguém, me mataria e mataria toda a minha família e cortaria em pedaços”. Ela não foi a única.
O caso do torturador de Porto de Moz, no Sudoeste do Pará, estourou em julho de 2021, quando a primeira vítima teve as marcas das agressões reveladas por uma moradora do município.
Nas imagens, 39 queimaduras feitas com faca quente foram expostas. “Ele disse que tinha que tirar sangue de alguém. As queimaduras foram todas feitas em uma única noite”, revelou a jovem de 19 anos.
Jumar mantinha as companheiras em cárcere privado. “Aguentava tudo calada, não podia pedir ajuda. Ele disse ainda que coisa pior aconteceria que eu buscasse ajuda”, completa a vítima.
Jumar morava em uma casa isolada na comunidade Jamari, interior de Porto de Moz, onde a residência mais perto ficava a um quilômetro de distância, o que impossibilitava que as agredidas pedissem ajuda.
A ordem da Justiça para a prisão preventiva do torturador foi emitida em julho de 2021, pouco depois dos crimes virem à tona. Jumar ficou conhecido como Lázaro do Xingu ao trocar tiros com a polícia e conseguir fugir da guarnição após lutar em um rio.
Fonte: Redação News
Foto: Reprodução