Delegada detalha investigações sobre os últimos homicídios em Santarém
Homicídio ocorrido no Lago Grande, assassinato no fim de festa e a morte do “Ratão” foram os destaques
Durante coletiva de imprensa na manhã de terça-feira (10/5), a Delegada da Especializada em Homicídios Raíssa Beleboni, detalhou sobre as investigações em torno dos últimos homicídios ocorridos no município de Santarém.
Homicídio na região do Lago Grande
O homem identificado como José Miguel Vieira Costa foi morto no dia 8 de março com um tiro de espingarda no pescoço e depois lançado ao rio Tapajós, na comunidade do Jacarezinho, região do Lago Grande. O corpo foi encontrado boiando no dia seguinte (09/03). Após denúncias de familiares sobre o resgate da vítima pela Marinha e o Corpo de Bombeiros, iniciaram as investigações pela Delegacia Especializada em Homicídios da 16° Seccional de Polícia Civil de Santarém.
Durante as investigações, cerca de 15 pessoas foram ouvidas, incluindo familiares da vítima e do suspeito, Anilson da Silva Costa, morador da comunidade conhecida como Cabeceira do Itapemirim. A motivação do crime seria uma rixa antiga existente entre vítima e acusado, já que José Miguel apontava Anilson como sendo responsável pela subtração de alguns equipamentos de pesca de sua propriedade.
“O autor identificado como Anilson da Silva Costa chegou a ser ouvido na delegacia. Nessa oportunidade ele optou por fazer uso de seus direitos constitucionais e permaneceu em silêncio. E em continuidade das investigações, nós concluímos que de fato o autor do crime foi o Anilson e representamos ao Poder Judiciário pela decretação de sua prisão preventiva. Mesmo com as tentativas realizadas com a Polícia Militar, o Anilson não foi localizado na cidade e nem na comunidade que ele residia”, contou a delegada.
Segundo informou a titular da Homicídios, considerando o crime tipificado como fútil, a Polícia Civil entendeu que o executor impossibilitou a defesa do ofendido, usando duas qualificadoras durante o crime. O procedimento policial já foi concluído e encaminhado ao Poder Judiciário que emitiu um mandado de prisão em desfavor de Anilson da Silva, que agora está na condição de foragido.
Morte com espeto de churrasco e pauladas em fim de festa
O jovem Geanderson Cardoso foi assassinado com golpes de espetos de churrasco e pauladas, na madrugada de domingo (10/4), após ser atraído para fora de uma casa de festas, situada na Avenida Magalhães Barata com João XXIII, bairro Esperança em Santarém.
De acordo com as investigações, cinco pessoas participaram do homicídio. Entre elas estão três menores de idade que foram apreendidos e dois maiores de idade. Um já se encontra preso temporariamente, mas o último envolvido na morte ainda não foi identificado.
“Um deles participou de toda a empreitada criminosa, gerando o que descreveram como uma emboscada, popularmente conhecida como ‘Casinha’. Através das investigações nós já conseguimos qualificar e ouvir quatro dos suspeitos. Apenas um dos agressores não foi identificado, por isso disponibilizamos fragmentos das imagens utilizadas durante as investigações para que a gente possa com o apoio da população identificá-lo e responsabilizá-lo”, ressaltou Raíssa Beleboni.
A última etapa da investigação será identificar o último envolvido no homicídio para posteriormente concluir o inquérito policial e encaminhá-lo ao Poder Judiciário.
“Ratão” executado a tiros no bairro Floresta
Na noite de sexta-feira (6), Wildson Chaves Santos, 24 anos, conhecido pela alcunha de “Ratão”, foi executado com cerca de seis tiros, na rua Chico Irene, no bairro Floresta, em Santarém.
“Apuramos através de testemunhas que Wildson estava trafegando com uma bicicleta em via pública quando foi atingido pelos disparos, ao que tudo indica por uma única pessoa que teria contado com o apoio de uma segunda pessoa para a fuga. A dinâmica do crime e as possíveis motivações nós vamos apurar ao longo das investigações”, revelou a delegada.
A Polícia Civil conta ainda com a colaboração da população para elucidar o crime e por isso sugere, caso as pessoas não tenham interesse em testemunhar, por receio, ou não queiram comparecer a delegacia, podem utilizar disque-denúncia, a qual é uma ferramenta segura e anônima para que repassem informações relevantes às autoridades policiais.
“Ratão” tinha passagens pela polícia, já havia sido preso diversas vezes e estava em liberdade há cerca de 30 dias. O último crime foi um furto qualificado que acabou sendo detido por populares, onde foi preso pela Polícia Militar.
Por Diene Moura
O Impacto