Dezenove pessoas foram assassinadas em conflitos no campo durante 2022

Até maio de 2022, 19 pessoas foram assassinadas em conflitos no campo no Brasil, aponta um relatório preliminar do Centro de Documentação da Comissão Pastoral da Terra (Cedoc-CPT). O número em cinco meses do ano já é mais da metade do registrado em todo o ano de 2021, quando foram contabilizados 35 homicídios.

Os dados ainda não consideram o caso do indigenista brasileiro Bruno Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips, no Amazonas.

Segundo o relatório, nove estados registraram assassinatos: Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Pernambuco, Rondônia e Roraima. Dos 19 assassinatos,quatro ocorreram no estado do Pará, que teve o maior número de casos: três ambientalistas foram assassinados e um sem terra.

Outros cinco foram de indígenas e dois de quilombolas. Além disso, ainda de acordo com a CPT, quatro sem terras, dois assentados e dois pequenos proprietários rurais foram assassinados até maio no país.

A Comissão Pastoral da Terra foi criada em 1975, em plena ditadura militar, durante o Encontro de Bispos e Prelados da Amazônia, convocado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

O vínculo com a Igreja Católica ajudou a CPT a realizar o seu trabalho e a se manter no período em que a repressão atingia agentes de pastoral e lideranças populares. Logo, ela adquiriu caráter ecumênico, tanto no sentido dos trabalhadores que eram apoiados, quanto na incorporação de agentes de outras igrejas cristãs.

Todos os anos a CPT publica o relatório Conflitos no Campo Brasil onde constam todas as ocorrências registradas.

Fonte: Portal Metrópoles

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