BR-230 bloqueada em Uruará: produtores rurais cobram regularização fundiária do INCRA
Um protesto na BR-230 impede a passagem de veículos na rodovia desde as primeiras horas desta segunda-feira (15). O ponto de bloqueio fica entre os municípios de Uruará e Medicilândia, região sudoeste do Pará. Com pedaços de madeira, pneus e um caminhão, pequenos produtores rurais protestam pacificamente, e cobram ações urgentes, junto ao INCRA.
Os produtores que participam da manifestação fazem parte da Associação dos Pequenos Produtores Rurais Nova Descoberta da comunidade Divino Pai Eterno (km 155 norte); Associação Terra Nova (km 140 norte); e Associação Selva de Pedra (km 140 sul).
Os produtores rurais vivem no território de Uruará, em áreas que ainda não foram homologadas pelo INCRA, e sem essa regularização, eles não podem contar com programas sociais do Governo Federal, além de não ter a titularidade da terra.
Três associações protestam e mantém membros no bloqueio a BR-230. A pauta é extensa: juntos, eles pedem que a Superintendência (INCRA) de Santarém juntamente com a Superintendência de Brasília divulguem a lista das inscrições aprovadas, para que se possa dar continuidade à Regularização dos Assentamentos.
Pedem que o INCRA possa fazer um levantamento dos agricultores da ocupação Selva de Pedra, localizada no km 140 sul, a 12 km da faixa. Solicitam uma audiência para julgamento da sentença dos processos de assentamento Divino Pai Eterno e Terra Nova junto a justiça federal.
Os manifestantes pedem que representantes do INCRA vão até o ponto de bloqueio, que fica a 20km da cidade de Uruará, para uma reunião. Sem essa garantia, eles afirmam que não deixam o local, e irão manter o bloqueio. A pauta ainda traz um pedido específico a empresa de distribuição de energia do Pará, pedindo agilidade na construção da rede elétrica no Travessão dos Dois e Meio, comunidade Divino Pai Eterno e também na comunidade Terra Nova.
De acordo com os manifestantes, o bloqueio inicial é feito de seis em seis horas. A cada período desses, a estrada será fechada por uma hora, e assim que passar esse tempo, ela volta a ser liberada. Barracas e pontos para apoio dos motoristas e dos manifestantes foram instalados no local, tudo, segundo os manifestantes, para provar que os produtores não têm a intenção de prejudicar os demais moradores da região.
Por meio de nota, o INCRA comunicou que “no que se refere às ações e atividades relacionadas à criação de assentamentos e regularização fundiária na região, informamos que o caso está em análise pelo Incra que realizará os devidos procedimentos”. A Equatorial informou que aguarda uma comissão formada pelos moradores, para assim verificar quantas famílias poderão ser atendidas.
Fonte: Confirma Notícias