79 municípios do Pará estão há mais de 30 dias sem registro de crimes violentos letais

Ações integradas, investimentos e maior atuação dos setores de inteligência estão entre as principais diretrizes executados pela Segurança Pública do Pará para manter a estabilidade nos indicadores de criminalidade em todo o território paraense. O resultado positivo é apontado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), por meio da Secretaria de Inteligência e Análise Criminal (Siac), que divulgou nesta segunda-feira (10) a lista dos municípios que não registram Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLI), que englobam homicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte. No total, 79 municípios não registram CVLI há pelo menos 30 dias.

Dentre os municípios, os destaque estão na região do Baixo Tocantins, entre os quais Abaetetuba, Cametá, Igarapé-Miri, Oeiras do Pará, Baião e Limoeiro do Ajuru, que estão, respectivamente, há 33, 34, 52, 63, 106 e 260 dias sem nenhum registro de CVLI. Outros municípios apresentam mais dias sem casos computados de crimes violentos letais, incluindo São Caetano de Odivelas (271 dias), Muaná (319) e Santarém Novo (596 dias).

Operações contínuas – Análise de dados criminais feita pelo Setor de Inteligência atesta pontos satisfatórios e ações eficazes no combate à criminalidade em municípios que antes apresentavam mancha criminal elevada. Operações estratégicas e contínuas fazem parte das atividades de segurança que vêm combatendo o crime no interior do Estado, informa o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado.

“Esse resultado mostra que nossas ações estão gerando resultados satisfatórios, especialmente quando analisamos a região do Baixo Tocantins, que vinha apresentando índices de criminalidade insatisfatórios, a exemplo do município de Igarapé-Miri, onde grupos criminosos agiam, gerando insegurança para a população local. Hoje, podemos perceber uma queda significativa nesses registros, o que mostra que nossas ações ostensivas estão sendo fortemente executadas, com a finalidade de inibir a criminalidade e levar mais tranquilidade e maior sensação de segurança aos moradores do interior do Estado”, explica o titular da Segup.

No Arquipélago do Marajó também é possível verificar queda nos registros de crimes violentos, de acordo com os dados apresentados. Municípios como Chaves, Ponta de Pedras, Anajás, Soure e Portel estão, respectivamente, há 540, 178, 174, 62 e 41 dias sem crimes violentos.

“No Marajó, várias cidades estão sem computar crimes violentos, entre elas Portel, que fica em uma região sensível do arquipélago quando se fala em criminalidade, e estamos conseguindo conter as ações criminosas. Esse resultado é fruto de um trabalho sério, integrado e com um suporte em investimentos, que nos possibilitam enfrentar a criminalidade nas regiões cercadas por rios, uma das características mais fortes da nossa região”, analisa Ualame Machado.

Operações – Lançada em março, a Operação “Esparavel” visa combater a criminalidade nos furos e nas vias terrestres do Baixo Tocantins. A Operação é executada de forma contínua na localidade com ações diárias, tanto pelos rios quanto nas vias e na Rodovia PA-151.

Ações conjuntas entre os órgãos de segurança estão sendo realizadas de forma intensiva, com o reforço no efetivo local, cumprimento de mandados de prisões e a presença do Centro Integrado de Comando e Controle Móvel, fiscalizando e monitorando as vias nas 24 horas.

Base Fluvial – Na região do Marajó, a Segurança Pública mantém instalada a Base Integrada Fluvial “Antônio Lemos”, no município de Breves, de onde é coordenado o combate à criminalidade, por meio de fiscalização diuturnamente das vias fluviais e rotas de embarcações oriundas de outros estados. A Base atua no enfrentamento à criminalidade com ações ostensivas e preventivas, além de dar apoio às populações ribeirinhas.

“Estamos com diversas ações sendo executadas, simultaneamente, em várias regiões do Pará. O nosso Estado detém uma extensa área territorial, cada uma com suas próprias características e peculiaridades, que precisam ser levadas em conta na estrutura de operações e ações de enfrentamento à criminalidade. Com isso, estamos gerando resultados positivos e conseguindo conter o crime na nossa região”, garante Ualame Machado.

O Impacto com informações da Agência Pará
Imagem: Agência Pará

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