PF envia peritos à Suíça para avaliar valor de joias dadas a Bolsonaro

A Polícia Federal enviou peritos da corporação à Suíça para colher informações que poderão contribuir com o inquérito que apura a entrada ilegal de joias sauditas pelo então governo de Jair Bolsonaro (PL) no Brasil. Os peritos viajam para o país europeu a fim de verificar o valor dos itens, que, até o momento, ultrapassa R$ 16,5 milhões.
Na Suíça, os peritos da PF terão acesso às pessoas que confeccionaram as joias, e, assim, farão um laudo técnico com o real valor dos itens. É apurado o preço de um relógio da marca suíça Chopard, que custa, aproximadamente, R$ 800 mil. Os agentes vão investigar, ainda, a valoração de colar, brincos, abotoaduras e anel.
O caso é apurado em inquérito da Polícia Federal após o governo Bolsonaro tentar trazer ao Brasil, ilegalmente, diversas joias, dadas como presente pelo governo da Arábia Saudita.
O pacote de joias foi apreendido no Aeroporto de Guarulhos, na mochila de um assessor do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque. No Brasil, a lei determina que todo bem com valor acima de US$ 1 mil deve ser declarado à Receita Federal. Dessa forma, o agente do órgão reteve os diamantes.

Embora o ex-presidente negue, a PF apura se o governo de Bolsonaro teria tentado recuperar as joias acionando três ministérios: Economia, Minas e Energia e Relações Exteriores e se, em uma quarta tentativa, um funcionário público teria usado um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para se deslocar a Guarulhos.

Doha

Uma viagem a Doha, no Catar, e Riade, na Arábia Saudita, em outubro de 2019, rendeu ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mais presentes. Dessa vez, uma caixa com um relógio Rolex, uma caneta também da Chopard, abotoaduras, anel e uma espécie de rosário árabe.
A caixa com os presentes teria sido recebida pelo próprio Jair Bolsonaro, após almoço com o rei saudita Salman Bin Abdulaziz Al Saud. No caso das joias avaliadas em mais de R$ 16,5 milhões, retidas pela Receita Federal por questões legais, e do outro pacote que veio na bagagem da comitiva que foi ao Oriente Médio em outubro de 2021, os presentes não passaram pelas mãos do ex-presidente.

 

Fonte: Metrópoles
Imagem: Divulgação

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