Pará reduz em 33% os alertas de desmatamentos no 1º semestre de 2023

Os alertas de desmatamento na Amazônia caíram 33,6% no 1º semestre de 2023, segundo dados divulgados ontem pelo Ministério do Meio Ambiente. O Pará reduziu o desmatamento e caiu para a segunda posição, com 28% dos alertas, com uma redução de 32%. O Mato Grosso assumiu a primeira posição entre os Estados que mais desmataram no primeiro semestre, com 34% do total e alta de 7% em relação ao mesmo período do ano passado.

Os alertas de desmatamento na Amazônia somaram no primeiro semestre deste ano uma área de 2.649 km2, o que representa uma queda de 33,6% em relação ao mesmo período de 2022, segundo dados captados pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), sistema que usa fotos de satélite.

Os números mostram que a quantidade de alertas no primeiro semestre foi uma das menores, segundo série histórica iniciada em 2015. Já nos estados do Amazonas e em Rondônia foi identificada redução de 55% nos níveis de desmatamento. Esses dois estados concentraram as principais ações do Ibama no combate aos focos ilegais de destruição da floresta amazônica. De acordo com o órgão ambiental, a atuação será reforçada no Estado de Mato Grosso, de forma a identificar os principais focos de corte no Estado.

De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, de 2019 a 2021 foram gastos 550 milhões de reais para o combate ao desmatamento na região. “Isso é mais dinheiro do que nós conseguimos na PEC da Transição e ainda assim, o desmatamento subia de forma desenfreada”, ressaltou a ministra. “Nos últimos seis meses, o Ibama executou R$ 342 milhões e já alcançamos os resultados de uma tendência de queda consistente de desmatamento na Amazônia”, comparou a ministra ao anunciar os indicadores do semestre.

A região da Amazônia Legal é formada pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Tocantins, Rondônia, Roraima, Amazonas e parte do Maranhão, correspondendo a 59% do território brasileiro. Baseado em imagens produzidas pelos satélites Aqua e Terra, da Nasa, o Deter é capaz de monitorar o desmatamento em tempo real, com dados diários, mas é menos preciso que o dado anual do Inpe (produzido pelo sistema Prodes), porque a variação na cobertura de nuvens atrapalha sua visão.

Desta forma, os dados do Deter podem incluir processos de desmatamento ocorridos em períodos anteriores ao do mês de mapeamento, mas cuja detecção não foi possível em razão da cobertura de nuvens. Técnicos do Deter alertam que é preciso distinguir entre o tempo de ocorrência e a oportunidade de detecção que é dependente do regime de nuvens.

Os alertas do Inpe são feitos pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), que produz sinais diários de alteração na cobertura florestal para áreas maiores que 3 hectares (0,03 km²) – tanto para áreas totalmente desmatadas como para aquelas em processo de degradação florestal (por exploração de madeira, mineração, queimadas e outras).

Fonte: O Diário do Pará

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