Ioepa homenageia escritores paraenses no Dia do Poeta da Literatura de Cordel

Para celebrar o Dia do Poeta da Literatura de Cordel, nesta terça-feira (1°), a Imprensa Oficial do Estado (Ioepa), por meio da Editora Pública Dalcídio Jurandir, rende homenagens a todos os poetas brasileiros que se dedicam aos poemas com ricas rimas e linguagem popular do cordel, uma literatura de origem portuguesa que foi introduzida no Brasil no século XX, entre 1930 e 1960, tendo influenciado muitos escritores brasileiros, entre eles, João Cabral de Melo Neto, Ariano Suassuna e Guimarães Rosa, destacando-se no nordeste brasileiro.

No Pará, as homenagens vão a todos os poetas cordelistas, em especial ao mestre Apolo de Caratateua, um pernambucano naturalizado paraense que já publicou pela autarquia paraense a obra “Gapuiando sonhos na Ilha de Caratateua”, com versos, poemas e cordéis sobre a Ilha de Outeiro, onde desenvolve um belo trabalho com a literatura.

Da zona rural de Santa Maria do Pará, Adalto Alcântara Almeida coleciona muitos cordéis produzidos desde sua infância. O gosto pela literatura popular se deu a partir das festanças e cantorias que o pai promovia em sua residência, às vésperas de São Sebastião. Parte delas, estão no livro “Histórias feitas de chão: contos que o povo conta”, lançado em abril, no Plenário da Câmara daquela cidade.

Diretamente de Afuá, município marajoara, considerado um dos mais atuantes e importantes cordelistas paraenses, o professor e escritor Antonio Juraci Siqueira também ganha justas homenagem neste dia por sua rica produção em cordel difundida pelas escolas da capital paraense.

O autor visitou recentemente a sede da Ioepa para falar com o presidente Jorge Panzera. O objetivo da visita foi acertar detalhes do projeto coordenado pela Universidade Federal do Pará (UFPA), intitulado “Antônio Juraci Siqueira – Obras Reunidas”. A coletânea reúne cinco volumes sobre a literatura produzida pelo escritor que já acumula 200 premiações literárias nacionais e locais e será lançada no estande da Ioepa, na 25ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, em Belém.

Segundo o presidente da Ioepa, Jorge Panzera, as homenagens são apenas uma forma de o Governo do Estado, por meio da Ioepa, “registrar a importância desses escritores que se dedicam, em especial, à produção de uma literatura de cordel na Amazônia, desde o ciclo da Borracha, com Patativa, Cego Aderaldo, Silvino Pirauá, Chagas Batista e depois com Zé Vicente, Ernesto Veras e Arinos de Belém, entre outros”, disse ele, ao lembrar que a Editora Pública Dalcídio Jurandir, ao ser formalizada em decreto estadual de 2019, tem a missão de incentivar e fomentar a literatura paraense, por meio da produção e impressão de obras paraenses.

O Impacto com informações da Agência Pará

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