Nas mãos de Deus
Por José Ronaldo Dias Campos
Eu sempre lutei para construir tudo o que possuo, que conquistei com muito trabalho, e posso garantir, sem enganar ou explorar ninguém, humildemente, que consegui até mais do que esperava. Deus foi bom comigo.
Sou o penúltimo filho de uma prole de nove irmãos, de família humilde, porém honrada, como sempre fiz questão de declarar, de confessar.
Em minha trajetória tive momentos difíceis, de decepções, que me obrigaram, algumas vezes, a recuar para poder avançar com segurança em busca da felicidade: misto de realidade e utopia.
Aprendi que no processo da vida o momento certo à consecução de determinado propósito também depende de fatores externos, exógenos, que só mais tarde se vai perceber, para poder compreender.
Se o que você projetou não aconteceu como pretendido, como esperado, foi inexitoso, releve, não lastime, inocorreu porque não era o momento adequado à sua conquista. Persista, persiga o seu ideal, que está no mundo do dever ser, aproximando-o do real, do concreto, do palpável.
Vontade superior, inexplicável, que não se pode olvidar, orbita em torno de nós, de nossas vontades, restando certo que se era pra ser, um dia será.
Já fui cético, procurando na ciência resposta para tudo, ilusão superada com o passar dos tempos, após compreender que só a fé em Deus, como entidade superior, pode mitigar a nossa ignorância, trazendo a almejada paz espiritual.
Não sou de frequentar com assiduidade a igreja, de comungar, mas converso com Deus, comumente, e isso me faz bem e traz a necessária compreensão das coisas inexplicáveis, revigorando-me para o dia seguinte, progressivamente.
Enfim, na atual conjuntura, figurando no topo da lista do Quinto Constitucional, o Desembargo será mais uma conquista, onde terei a oportunidade, com a experiência vivenciada, de continuar a luta por um judiciário mais justo, próximo do povo, que respeite o advogado e prestigie a dignidade da pessoa humana como princípio fundamental do Direito, forte na Constituição da República.
O Impacto