Militar morre durante confinamento em quartel da FAB em Belém

Um jovem de 19 anos, identificado apenas como Carlos Eduardo, morreu na última quinta-feira (17), quando estava confinado na Base Aérea de Belém (BABE), unidade da Força Aérea Brasileira (FAB), no bairro de Val-de-Cans, em Belém. A causa da morte ainda é desconhecida. Por meio de um comunicado, a instituição disse que apura as circunstâncias acerca do ocorrido e lamenta a perda do militar. Nas redes sociais, circularam informações de que o rapaz teria passado mal durante o teste de aptidão física.

No entanto, de acordo com as advogadas criminalistas Bianca Santos e Samara Tirza, que atuam na defesa da família do jovem, ele já teria passado dessa fase. Ainda conforme as advogadas, mensagens trocadas entre o militar e a mãe dele revelam que Carlos Eduardo estaria sofrendo “tratamentos extremamente cruéis”. Questionada pela reportagem, a FABnão esclareceu este ponto.

“A família não sabe ao certo quais foram as circunstâncias em que ele passou mal, porque isso ainda não foi esclarecido. Ele já havia feito teste de aptidão física e psicológica para o ingresso”, disseram as advogadas à reportagem.

“Carlos Eduardo estava confinado na BABE, ​servindo a Aeronáutica havia uma semana. A família recebeu uma ligação do Hospital da Aeronáutica, na tarde do dia 17/08/2023, informando que ele havia passado mal e que era para comparecerem ao hospital. A família compareceu e já o encontrou em estado grave, com sangramentos pela boca. Poucas horas depois ele veio a óbito”, detalharam as advogadas.

Segundo elas, “a partir daí começaram uma série de informações desencontradas por parte dos servidores do hospital acerca da causa da morte dele, o que gerou uma suspeita muito grande na família”. “É bom destacar que havia uma certa indisponibilidade do hospital para encaminhar o corpo para o IML (Instituto Médico Legal). Neste sentido, fomos acionadas e a partir daí tomamos as providências para encaminhá-lo para o instituto, responsável por realizar a necropsia”, explicaram.

“A Aeronáutica não prestou assistência à família, eles [a família] ficaram horas sentados na calçada, às margens do hospital aguardando respostas sobre a morte do Carlos Eduardo. Não à toa, foram obrigados a contratar advogados para os representar no caso. Até o laudo da morte somente foi emitido após mais de 12 horas do falecimento do jovem”, alegara​m Bianca e Samara.

“Ao passar mal, o militar foi prontamente atendido e encaminhado ao Hospital de Aeronáutica de Belém (HABE), mas infelizmente não resistiu. As circunstâncias do ocorrido estão sendo apuradas”, assegurou. “A Instituição expressa suas condolências e informa que está prestando todo o apoio à família do militar nesse momento de pesar”, finalizou.

Fonte: O Liberal
Imagem: Reprodução

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