A morte do vereador e empresário Aguinaldo Promissória

Apesar de ter sido registrada na 16ª Seccional de Polícia Civil de Santarém como suicídio, a morte do empresário e vereador Aguinaldo Carvalho de Aguiar, 46 anos, popularmente conhecido como Aguinaldo Promissória, segue em investigação.

Era início da madrugada de segunda-feira (25), quando a Polícia Militar foi acionada sobre a morte do parlamentar, ocorrida em sua residência localizada na avenida Anísio Chaves, bairro do Aeroporto Velho.

Aguinaldo morreu com disparo de arma de fogo na cabeça. A namorada dele, Isabela Ataíde, que estava no quarto, alega que ele mesmo realizou o disparo. Após ser ouvida na delegacia, a jovem foi liberada.

De imediato, a Polícia Civil solicitou à Polícia Científica a realização de perícia no local e remoção do corpo para exame de necropsia no IML. O laudo contribuirá para elucidação do caso.

O velório aconteceu na Câmara Municipal de Santarém, onde centenas de pessoas compareceram à despedida do vereador Aguinaldo. O seu sepultamento foi realizado na tarde de quarta-feira (27), no cemitério Nossa Senhora dos Mártires.

Aguinaldo Carvalho de Aguiar

Nasceu no dia 15 de julho de 1977 em Santarém. Descendente de pais cearenses, filho de João Batista de Aguiar e Maria das Graças Carvalho de Aguiar, divorciado, pai de quatro filhos.

Aguinaldo era empresário da Gestão Imobiliária, Empreendimentos e Construção Civil. Tinha intensa vivência no comando de atividades imobiliárias. Estava no primeiro mandato de vereador, filiado ao União Brasil, era da presidente da 8ª Comissão Permanente de Meio Ambiente e Assunto Estratégicos do Município de Santarém.

Entrevista com delegado Jardel Guimarães

Na manhã de quinta-feira (28), a repórter da TV Impacto Lorenna Morena, entrevistou o delegado e superintendente Regional da Polícia Civil, Jardel Guimarães. Acompanhe:

A investigação

Estamos em fase de coleta de informações. A namorada do vereador já foi ouvida nos autos, bem como a pessoa que fez a filmagem, então, é momento de coletarmos informações e aguardarmos ajuntada dos laudos periciais.

Eu tenho dito, constantemente, que os laudos serão imprescindíveis para o esclarecimento do fato, porque haverá um cruzamento de informações. Esse conjunto probatório, no final do inquérito policial, a autoridade que preside o inquérito, que é o delegado Fábio Amaral, deverá concluir os autos. Não descartamos, volto a dizer, que não descartamos qualquer linha de investigação. Estamos fazendo as devidas investigações de forma minuciosa, de forma cautelosa, buscando informações, buscando provas. Vale ressaltar, que já estamos de posse das imagens da casa do vereador, do circuito interno de videomonitoramento, para que nossos investigadores façam as devidas análises. E esse conjunto probatório é que nos levará concluir o inquérito policial.

Depoimento da namorada do vereador

Ela narra o que ocorreu naquele local. Nós estamos mantendo ainda os depoimentos de forma sigilosa, até o momento, para que não venham contaminar as demais oitivas, que brevemente serão devidamente realizadas pelo delegado. As informações dela foram de importância grande, relevantes para que possamos esclarecer o que realmente aconteceu.

Pessoas que estavam dentro da residência

No momento do fato, estava o vereador, a namorada e a filha do vereador no quarto ao lado, posteriormente, entrou uma quarta pessoa, mas essa quarta pessoa já entrou depois do fato ter ocorrido. É essa pessoa que faz as filmagens que foram divulgadas em redes sociais. Essa pessoa inclusive já foi ouvida, e prestou as informações, que são imprescindíveis para o esclarecimento do fato.

Agressão após a ocorrência

A informação que temos até o momento, da namorada do vereador, é que ela teria sido agredida. Teria ligado para essa pessoa, pedindo socorro, e quando ele chegou e já chegou a agredindo. São fatos que vamos apurar no curso de inquérito policial, por isso que todas as informações que são trazidas aos autos, são devidamente checadas. E somente no final do inquérito policial que vamos ter uma conclusão.

Os disparos de arma de fogo

Temos informações que ocorreram disparos, até porque as imagens que se encontram com os nossos investigadores, demonstram os disparos que foram ocorridos, por uma pessoa, essa pessoa que chegou posteriormente.

Todas as informações que chegam, checamos, e é através é desse conjunto probatório que Polícia Civil, vale ressaltar, estamos aguardando os laudos da Polícia Científica, para que possamos realmente saber a causa da morte do vereador.

Exame pericial residuográfico

É um exame obsoleto. Há uma nova modalidade. Os peritos das Unidades da Federação, os dirigentes das polícias científicas de todo o país, escreveram uma carta, colocando os motivos de que tal perícia, hoje é obsoleta. É uma perícia que não é segura, dava muito falso-negativo e muito falso-positivo, e isso não trazia segurança para que os peritos pudessem realmente descrever aquela pessoa que efetuou o tiro, estivesse mesmo com os resíduos de pólvora.

Então em razão disso, a Polícia Científica do Pará, já notificou a Delegacia Geral, informando que o exame foi retirado do seu rol de exames, que são feitos pela Polícia Científica, razão pelo qual o exame não pôde ser feito, uma vez que não é um exame seguro, um exame contundente, um exame que realmente possa nos dar segurança, em informar que ali, a pessoa teria feito ou não, os disparos , são as que estavam com os resíduos de pólvora na sua mão.

Perícia no local

De imediato, vale ressaltar, solicitamos a perícia de local de crime, os peritos estiveram no local, fizeram uma perícia minuciosa, nossos investigadores também acompanharam a perícia demorada. Vale ressaltar, que somente através do laudo dos peritos criminais é que vamos ter esse apanhado, se houver algum tipo de dificuldade, deverão requerer outro tipo de perícia, mas a gente entende que temos que aguardar os lados da Polícia Científica. E assim, com o cruzamento de informações dos laudos, das oitivas, imagens que estão sendo analisadas e outras provas que estão sendo trazidas para os autos, é que vamos concluir. É muito precoce a gente neste exato momento, dizer se foi suicídio, se foi homicídio.

As linhas de investigações que a polícia está traçando são várias, e todas as investigações estão sendo devidamente checadas e somente os conjuntos probatórios, é que iremos realmente concluir os autos do inquérito policial, cujo prazo é de 30 dias.

Por Baía

O Impacto

Foto: Redes Sociais

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