Estado paralelo, marginal

Por José Ronaldo Dias Campos

O assassinato de médicos no Rio de Janeiro expôs, mais uma vez, o grave nível de insegurança que assola a cidade maravilhosa, decepcionando a todos, especialmente os turistas.

As comunidades que cercam os bairros nobres do Rio mantêm os moradores em estado de terror, com arrastões, sequestros, furtos, roubos e latrocínios frequentes, apenas para citar alguns exemplos.

As favelas, agora chamadas de comunidades, são controladas por facções criminosas que impõem suas próprias leis e governam sob a ameaça de uma milícia armada, que opera publicamente. A presença policial é escassa, para não dizer inexistente, nessas áreas.

Esse “estado paralelo” controla serviços como energia, água, internet e transporte, além de cobrar pedágios, obscurecendo o estado de direito, que permanece passivo e humilhado diante das ações brutais de meliantes.

O tráfico de drogas, principal fonte de receita das organizações criminosas se espalha como uma praga na sociedade, causando diversos malefícios e se envolvendo em outras atividades ilícitas.

Em uma demonstração de poder, como evidenciado na investigação sobre o assassinato dos médicos, o “tribunal do crime” decide eliminar sumariamente os autores de delitos terríveis, às vezes cometendo erros de identificação, como no caso em tela.

As facções criminosas exercem influência em todos os lugares e não respeitam ninguém, cometendo os mais graves delitos, atemorizando os cidadãos de bem.

O pior de tudo é que as comunidades, sob a influência dos chefes do tráfico, elegem políticos para o legislativo e até mesmo o executivo, comprometendo os princípios republicanos.

É necessária uma discussão nacional para encontrar uma solução para esse problema social que cresce exponencialmente no país, salvando as pessoas que vivem sob o domínio do “estado marginal”, que controla tudo.

Além de políticas públicas, deve-se considerar a criação de um novo tipo penal para lidar com criminosos reincidentes, que acumulam dezenas de processos e têm penas definitivas superiores à expectativa de vida média, continuando a liderar associações criminosas do interior da prisão, sem chance de ressocialização.

É como penso!

O Impacto

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