Mundo – 31 bebês prematuros são evacuados do principal hospital de Gaza

No domingo, 19, trinta e um bebês prematuros foram evacuados do Hospital Al-Shifa no norte de Gaza para outro hospital ao sul, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), Unicef e a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino.
Os bebês foram transferidos em incubadoras com temperatura controlada em ambulâncias até o Hospital Al-Helal em Rafah, na fronteira com o Egito, onde foram estabilizados e tratados com cuidados intensivos na ala neonatal.

Autoridades em Gaza e no Egito disseram que, posteriormente, os bebês serão transportados através da fronteira para o Egito para tratamento, mas não determinaram quando. Ainda no domingo, o Ministério da Saúde de Gaza publicou uma lista com os nomes das 31 crianças evacuadas e apelou às suas famílias para que fossem ao hospital para as identificar, acrescentando que os pais poderiam juntar-se aos bebês no Egito.

Dos 31 recém-nascidos, 11 estão em condições críticas e lutando contra sérias infecções. 2 morreram antes da evacuação ser possível.

Os Bebês

Enquanto a pressão de Israel para tomar o Hospital Al-Shifa desencadeou uma luta pela sobrevivência no local nos últimos dias, médicos e autoridades de saúde alertaram que quase 40 bebês prematuros em incubadoras na unidade de cuidados intensivos neonatais do hospital corriam sério risco de morte. De acordo com os médicos, algumas das crianças nasceram de mães mortas em ataques aéreos ou que morreram logo após o parto. Outras são os únicos sobreviventes em suas famílias.

Desde 15 de novembro, pelo menos 40 pacientes, incluindo pelo menos quatro bebês prematuros, morreram em Al-Shifa devido a cortes de energia, informou a ONU no último sábado. Ainda no sábado, mais de 2.500 civis, pacientes e funcionários deixaram as instalações do hospital após receberem uma ordem de evacuação dos militares israelenses mas cerca de 300 pessoas gravemente doentes continuam no local. Al-Shifa é descrito como uma “zona de morte”.

Israel alega que o Hamas opera um centro de comando nos subterrâneos do hospital, mas ainda não forneceu nenhuma prova concreta da acusação.

Por Rodrigo Neves
Imagem: Ilustrativa

O Impacto

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