Brazauro começa a produzir ouro em agosto

Na manhã desta terça-feira (6), técnicos da empresa Brazauro estiveram na Câmara Municipal de Vereadores de Itaituba para falar aos parlamentares sobre o andamento do Projeto Tocantinzinho.

Na reunião com os vereadores, o representante da empresa afirmou que dentro de 15 dias os fiscais da Semas do estado vão conceder a Licença Ambiental para o funcionamento da Linha de Transmissão de Energia Elétrica da mineradora.

Segundo o porta-voz da Brazauro, a empresa gastou mais de R$ 200 milhões na construção da rede que vem de Novo Progresso até a mina no Tocantinzinho, com extensão de 193 quilômetros. Disse ainda que a Brazauro vai doar para a Equatorial todo o sistema de energia construído.

Arthur Alves, Superintendente de Sustentabilidade da Brazauro, disse que a empresa já investiu no Brasil mais de R$ 1,4 bilhões. Só no Pará, investiu de 2022 até hoje R$ 334 milhões e em Itaituba R$ 256 Milhões.

“Significa que 76% dos recursos da empresa foram investidos em Itaituba”, afirmou Arthur.

“A Brazauro possui a segunda maior mina a céu aberto do Brasil”, disse Arthur. Também garantiu que 80% dos empregados da empresa são oriundos de Itaituba e região e que destes, 11% são mulheres, índice que no Brasil, normalmente as empresas empregam 12% de mulheres.

Outro detalhe revelado pelo técnico é que a empresa pretende produzir em torno de 5 toneladas de ouro por ano e a previsão de em 10 anos produzir 50 toneladas e que a empresa pretende começar a produzir em agosto deste ano (2024).

O representante da empresa, também afirmou que ela é a única empresa estrangeira instalada no Brasil que tem um paraense como presidente.

O presidente da Câmara, vereador Dirceu Biolchi, cobrou da empresa que junto com a Equatorial façam o rebaixamento da rede para atender as comunidades daquela região, uma vez que a Equatorial está prometendo só em 2027 atender as comunidades. Dirceu alertou aos representantes da empresa, que caso isto não aconteça, os moradores estão dispostos a derrubar as torres que passam dentro de suas propriedades.

O vereador Peninha criticou o tratamento diferenciado do pagamento dos colaboradores da empresa. Disse que os profissionais que vêm de fora, principalmente de Minas Gerais, recebem salários maiores que os profissionais que moram na região. “Entendo que muitos têm mais experiências que nossos técnicos daqui, porém, esta diferencia salarial me chama a atenção, principalmente quando o profissional é do mesmo nível”, disse Peninha.

Outra preocupação do edil é com relação às demissões. “Cada dia que passa, novos colabores estão sendo demitidos, o que não é bom para o nosso município, para a região, que apostou nesta empresa quando aqui chegou”.

Disse que em dezembro de 2023, a empresa tinha 1.731 funcionários e a previsão até agosto deste ano era ficar com apenas 810 funcionários. “Veja bem”, salientou Peninha, “Quantos pais de família vão ficar desempregados. Foram iludidos com emprego, fazendo cursos e agora vão ficar sem emprego”, acrescentou o parlamentar.

O edil que já há anos acompanha a implantação de vários projetos na região, como a Mineração Serabi, portos em Miritituba, porto da Caramuru no Km 28, CAIMA – Fabrica de Cimento, disse que não estranha mais as medidas tomadas pelas empresas depois que se implantam aqui.

“Quando chegam para se implantarem a história é bonita e depois que conseguem se implantar, tudo é difícil para gente. Nos prometem só flores e depois começam a dar espinhos”, frisou Peninha.

O vereador disse que “a empresa não tem que fazer favor ao município, mas contribuir e valorizar a região, pois a riqueza está aqui no subsolo itaitubense”.

“Vamos continuar vigilantes neste Projeto Tocantinzinho, assim como os outros que estão implantados aqui ou por ventura esteja querendo se implantar. Não é justo, explorarem nossas riquezas e nada de bom deixarem aqui”, concluiu Peninha.

O Impacto

 

 

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