Não basta edificar, é preciso conservar

Por José Ronaldo Dias Campos

A orla de Santarém, recentemente concluída, justiça se faça, ficou muito bonita, atraente, embelezando a frente da cidade contornada pelos majestosos rios Tapajós e Amazonas, com destaque ao encontro das águas, presente da mãe natureza.

Entretanto, noto, durante as minhas caminhadas, que a cada semana que passa aumenta a sua descaracterização, devido à falta de conservação.

Os ladrilhos, em alguns pontos, estão sendo sacados ou quebrados sem a necessária substituição.

Quando não fica o buraco no piso, enfeando o ambiente de lazer, preenchem o vácuo com cimento cru, atrofiando a estética da calçada.

Esperava-se, e aqui reside o meu inconformismo, que deve ser recebido como contribuição, que o município deveria manter uma equipe permanente para promover revisões periódicas da obra, para eventual conserto.

A orla de Copacabana, com o piso de pedras importadas de Portugal há mais de 100 anos, preserva a sua originalidade, mantendo o estilo e o design ambiental até hoje, projetando-se para o futuro.

O que se espera, doravante, para a manutenção das obras que valorizam as belezas da pérola do Tapajós, é que a gestão municipal volte a sua atenção, de modo permanente, à conservação dos logradouros públicos da cidade e de seus equipamentos sociais, antes que os danos se tornem mais difíceis ou mesmo irreversíveis de reparação.

Uma equipe chefiada por um mestre de obra diligente resolveria o problema que é crônico em nossa cidade.

Será que esse povo mora em Marte?

O Impacto

7 comentários em “Não basta edificar, é preciso conservar

  • 11 de março de 2024 em 09:49
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    Excelente o comentário do Dr José Ronaldo Dias Campos os nossos adimistradores da nossa cidade realmente não dão as mínimas atenção p/ os nosso logradouros públicos , como as praças e outros espaços de lazer do público mocorongo

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  • 10 de março de 2024 em 11:53
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    Excelente e oportuno artigo.
    Adicione-se a isso a questão das faixas de pedestres. Tão necessárias à segurança do trânsito. Lamentavelmente só são pintadas de 4 em 4 anos. Quando também deveriam ser cuidadas por uma equipe permanente do município. Vide as da Fernando Guilhon.

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  • 10 de março de 2024 em 11:29
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    O propósito é alertar, ajudar o gestor na resolução de questões importantes que estão sendo relevadas. Que ele e seus secretários atendam as nossas súplicas. Quem ama cuida!

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  • 10 de março de 2024 em 08:12
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    Um excelente artigo escrito pelo Professor Dr Ronaldo Dias Campos retratando e alertando da importância do município de Santarém ter uma equipe de profissionais permanente e atenta para fazerem a manutenção correta e periódica, não só da nossa linda orla mais sobre todos os demais logradouros públicos da nossa cidade. Fica a dica, parabéns Professor!

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  • 9 de março de 2024 em 19:48
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    Triste realidade de nossa cidade, descaso total não só com a orla, mas também praças abandonadas, ruas mal acabadas e assim por diante. São as famosas obras eleitoreiros , infelizmente quem arca com os prejuízos é o povo.

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  • 9 de março de 2024 em 18:43
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    Sem dúvida, isso só nos confirma a ideia que às obras, seja lá qual for, tem significado meramente político, feita a inauguração, cortada a fita, feito o discurso, tudo fica pra trás, certamente deveria ter especialmente só para a manutenção periódica desses espaços, mas não existe, quando colocam cimento nos locais das pedras isso significa que a obra não tem mais significado, ficou pra trás trás, politicamente já não rende tanto, lamentável.

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    • 10 de março de 2024 em 08:06
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      Um excelente artigo escrito pelo Professor Dr. José Ronaldo Dias Campos retratando e alertando da importância do município de Santarém ter uma equipe de profissionais permanente e atenta, para fazerem a manutenção correta e periódica, não só da nossa linda orla mais sobre todos os demais logradouros públicos da cidade. Fica a dica!

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