Filho de Gal Costa entra na Justiça com pedido de exumação para investigar morte da cantora

O único filho da cantora Gal Costa, Gabriel Costa, ingressou na justiça na quarta-feira (13) com um pedido de exumação do corpo de sua mãe, sepultado em São Paulo. O objetivo é uma necrópsia para, finalmente, determinar a causa do falecimento da artista. A petição foi assinada pelas advogadas Luci Vieira Nunes e Mariana Athaíde.

O filho de Gal Costa solicita que sua mãe seja enterrada ao lado da avó, Mariah Costa Penna, em um jazigo perpétuo que a própria cantora financiou para que ambas descansassem juntas após a morte. A relação entre mãe e filha era muito forte, tornando a escolha de sepultar Gal Costa no cemitério de São Paulo um ponto de grande discordância entre seus amigos mais próximos. A decisão partiu de Wilma Petrillo, que se identifica como viúva da artista.

Na época da morte de Gal Costa, Gabriel era menor de idade e sem poder de interferência no caso na época, porém, agora com 18 anos, ele recorre à Justiça para contestar as declarações de Petrillo como esposa de Gal e a parte da herança que ela reivindica.

Entenda a polêmica

A polêmica começou quando o músico e ex-empresário da cantora se pronunciou. “Gal Costa comprou um jazigo perpétuo no cemitério São João Batista no Rio de Janeiro, quando faleceu sua mãe. Neste cemitério, estão sepultados Carmen Miranda, Ary Barroso, Dorival Caymmi, Vinicius de Moraes, Cazuza, Glauber e Anecy Rocha, os membros da Academia Brasileira e a maioria dos grandes artistas e personalidades do nosso país. Gal, intuitiva como era até isso deve ter previsto”, afirmou.

“Não é justo que seja sepultada num jazigo que não é seu e que seja dificultada a chegada de seus fãs e amigos para homenagens e despedidas finais. Por que isso tudo está acontecendo? Quem deseja apagar e esconder essa pessoa amada por tantos? O que há por trás de tudo isso?”, concluiu ele na época.

Para uma das advogadas responsáveis pelo caso, Luci Vieira, “como é sabido, antes mesmo do nascimento e até a morte, a pessoa humana goza da garantia do direito da personalidade. Em caso de falecimento, subsiste a manifestação de última vontade expressada pela pessoa quando em vida, como é o caso do testamento e de disposição de última vontade acerca do sepultamento”, declarou.

“A lei legitima o familiar mais próximo, no caso o filho único da cantora, a atuar em favor dos interesses deixados por ela, e diante da notória e pública manifestação sobre a destinação de seu corpo após a morte, somente seu filho Gabriel tem legitimidade para exercer o direito ao cadáver de sua mãe”, completou ela.

Fonte: O Liberal
Imagem: Divulgação

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