Advogada criminalista explica o que é o golpe do amor e como se defender

De repente, o que era pra ser uma linda história de amor, acaba se mostrando um enredo dos mais traiçoeiros. Pelo menos é assim que boa parte das pessoas que foram vítimas de um estelionato sentimental, conhecido como o golpe do amor, se sentem.

A professora de Direito Penal e advogada criminalista Cristina Lourenço explica que a atitude criminosa é “uma forma de fraude emocional e financeira, que ocorre quando alguém se aproveita dos sentimentos de outra pessoa para obter vantagens”.

A profissional detalha ainda que, atualmente, o estelionato sentimental é entendido como uma modalidade do crime de estelionato, tipificado no artigo 171 do Código Penal.

“A pena para esse tipo de crime vai de 1 a 5 anos de reclusão, mais multa arbitrada pelo juiz. Existe hoje um movimento de Projetos de Lei para tipificar esse tipo de conduta também”, aponta Lourenço.

Como funciona o crime?

Após ganhar a confiança da vítima, seja por meio do ambiente virtual ou físico, o golpista pode inventar situações de emergência, como problemas de saúde ou dificuldades financeiras, e pedir dinheiro emprestado à vítima.

Eles podem também solicitar informações pessoais, como números de conta bancária ou documentos de identificação, para cometer crimes como roubo de identidade.

“Geralmente, o golpista cria um relacionamento falso e intenso com a vítima, ganhando sua confiança e, eventualmente, solicitando dinheiro ou informações pessoais”, detalha a advogada.

Como se proteger?

A advogada criminalista também dá conselhos e explica como evitar ser vítima de um crime deste tipo. “Seja cauteloso ao se envolver em relacionamentos online e verifique a autenticidade da pessoa com quem está interagindo. Além disso, evite compartilhar informações pessoais, como números de conta bancária ou senhas. Desconfie de solicitações de dinheiro ou ajuda financeira de pessoas que você conheceu online, especialmente se o relacionamento for recente”, resume.

Como procurar ajuda?

As denúncias desses crimes podem e devem ser feitas, por meio do aplicativo WhatsApp (91) 98115-9181, ou pelo Disque-Denúncia, 181. O sigilo e o anonimato são garantidos.

Sobre a especialista

A advogada criminalista Cristina Lourenço é vice-presidente da Comissão Nacional de Prerrogativas e Conselheira Federal do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB).

Cristina Lourenço também é doutora e Mestre em Direito Penal e Criminologia. Coordenadora da Pós-Graduação em Ciências Criminais e da Pós-Graduação em Direito Público do Centro Universitário do Estado do Pará – CESUPA. Professora de Direito Penal e Criminologia.

Lourenço também foi vice-presidente da OAB Pará 2019/2021 e vice-presidente do Conselho Estadual de Política Criminal e Penitenciária 2017/2018.

O Impacto

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