Remo supera frio e neblina para vencer o Caxias fora de casa
Nem os 4ºC do Estádio Centenário fizeram o jogo “esfriar” em Caxias do Sul. A equipe azulina venceu o Caxias por 4 a 2, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série C. Com direito a neblina, a vitória azulina foi marcada por falhas do goleiro caxiense, gol de Bruno Bispo e golaços de Pavani, para o Remo, e Gabriel Silva, para os gaúchos. O Caxias teve um gol anulado pela arbitragem, após uma cobrança de pênalti recheada de polêmica. O final da partida foi marcada com gol de Álvaro para o Caxias, enquanto Jaderson e Ronald decidiram para o Leão.
Os primeiros minutos foram equilibrados, mas o Clube do Remo foi oportunista e abriu o placar logo aos 7 minutos. Em cobrança de escanteio pela direita, Marco Antônio cruzou para Bruno Bispo, que escorou para o gol. Com colaboração do goleiro Zé Carlos, a bola foi para o fundo das redes.
Mesmo após duas tentativas de fora da área do Caxias logo após o gol, o Remo seguiu firme protegendo o placar mínimo até os 19 minutos, quando Pavani recebeu um passe de lateral e, de primeira, acertou um golaço de fora da área, aproveitando a pouca visibilidade do goleiro e aumentando a fatura para o Leão. Uma vantagem de 2 a 0 conquistada em tão pouco tempo ainda não havia acontecido até essa altura da Série C para o Remo.
As chances reais do Caxias depois do segundo gol azulino foram nos 10 últimos minutos do primeiro tempo. Aos 41 minutos, Álvaro recebeu cruzamento na pequena área e parou na bela defesa à queima-roupa de Marcelo Rangel. Neste lance, o goleiro recebeu um choque do jogador adversário e se lesionou. O goleiro azulino foi substituído no intervalo por Léo Lang. Rangel já não jogaria contra a Ferroviária, pois também levou o terceiro cartão amarelo, devido a uma suposta “cera”. Nos acréscimos, o lateral do Caxias Marcelo fez o travessão azulino balançar em uma falta em frente à área, também aproveitando a baixa visibilidade.
O segundo tempo foi marcado por uma visão bastante prejudicada, devido ao forte nevoeiro. Isso, inclusive, possibilitou mais um golaço – desta vez, a favor do Caxias. Logo aos 4 minutos, Gabriel Silva cortou para dentro e, de fora da área, bateu de perna direita no ângulo de Léo Lang. 2 a 1 no placar.
Aos 13 minutos, durante um “abafa” do ataque caxiense, a bola bateu na mão de Ytalo, do Clube do Remo, dentro da sua área de defesa: pênalti para o Caxias. Na cobrança, o atacante Álvaro chutou no meio do gol e Léo Lang defendeu com os pés. Na sobra, Galván colocou a bola para o gol. No entanto, o assistente assinalou uma invasão do meia do Caxias. Depois de aproximadamente 5 minutos para a decisão da arbitragem, o gol dos mandantes foi anulado.
Logo depois da polêmica, o Remo procurou “voltar para o jogo”. Após arriscar finalizações com Marco Antônio e Raimar, o time de Rodrigo Santana perdeu as energias e apostou nas entradas de Ronald e Paulinho Curuá. Porém, os sulistas tiveram mais intensidade e criaram mais durante a segunda parte, parando na boa atuação do goleiro reserva azulino. Mesmo assim, o time do técnico Thiago Gomes finalizou bem mais que o Leão.
Mas, aos 32 minutos, Ronald avançou pela esquerda e cruzou rasteiro para a chegada de Jaderson que, ‘camuflado’ pela neblina, fez 3 a 1 para o Remo.
Para finalizar o jogo, o árbitro indicou mais 17 minutos (!) de acréscimos. Também, pudera. A polêmica do pênalti e o jogo truncado fez a minutagem ser merecida, fazendo com que o Remo precisasse segurar o resultado durante bastante tempo. Léo Lang ainda fez dois milagres, depois de chances de Gabriel Silva e Vitor Feijão. Mas Álvaro aproveitou a sobra de um chute para descontar para o Caxias: 3 a 2.
Para acabar um jogo maluco, tinha que ter um gol emblemático. Após mais uma falha de Zé Carlos, Ronald fechou o caixão do Caxias. Placar final, 4 a 2 para o Remo.
A vitória deixou a equipe remista na décima posição, a somente 2 pontos da zona de classificação para a próxima fase da Série C. O próximo compromisso azulino pela Terceirona será contra a Ferroviária, na próxima segunda (15), às 20 horas.
Fonte: O Liberal
